No artigo da semana passada, dei uma lapadas aqui na lamentável e caótica situação da Igreja Católica, que tem sido omissa na questão que envolve a formação cada vez mais crescente de seminaristas e padres homossexuais.
Falei inclusive, que o Papa Francisco abordou esse tema com tom de crítica e certa indignação.
Hoje, concluo esses artigos, falando de um tema não menos indigesto, porquanto, esse novo assunto, tem corroído as vestes santas da nossa igreja mundo afora.
Quero me referir ao clericalismo desenfreado e crescente que acomete, adoecendo, boa parte do nosso clero.
Parece até que estamos retornando aos primórdios da igreja católica quando o Papa, os Bispos e boa parte do clero mais reinava sobre o povo de Deus do que o liderava e catequizava. Bispos e padres eram verdadeiros príncipes posto que tratados como tais.
Era uma época em que a última palavra sempre cabia ao padre ou ao bispo. Lembremos da expressão “Vai reclamar ao Bispo!
O clericalismo vem a ser o poder do clero na vida social, política e econômica de uma sociedade, o que é totalmente inapropriado.
É quando, alguns padres e bispos confundem autoridade religiosa com autoritarismo.
Em 2018 durante um Sínodo, o Papa Francisco assim se referiu ao clericalismo: “O clericalismo surge de uma visão elitista e exclusivista da vocação, que interpreta o ministério recebido como um poder a ser exercido e não como um serviço gratuito e generoso a ser prestado. Isto leva-nos a acreditar que pertencemos a um grupo que tem todas as respostas e que já não precisa de ouvir ou aprender nada. O clericalismo é uma perversão e é a raiz de muitos males na Igreja: devemos humildemente pedir perdão por isto e acima de tudo criar as condições para que não se repita.”
O que mudou de lá para cá? Quase nada!
Ainda hoje temos que conviver(?) com padres e bispos verdadeiros déspotas e mandonistas que tratam os fiéis como gado.
São padres, na maioria estrangeiros, que parece que foram enviados para fora de seus países como castigo dos céus. Misericórdia!
Estes padres não se identificam com a cultura local, não se esforçam para aprender o idioma, reclamam da comida, da moradia e do clima, e, nem se preocupam em sublimar estas dificuldades como fonte de santificação. Credo!
Essa parte do clero expõe um clericalismo impiedoso que não respeita lideranças da paróquia, não escuta os leigos e, centraliza do dinheiro à liturgia, passando ainda pela organização na administração dos sacramentos. Eles dão pitaco em tudo e não deixam as lideranças fluirem em paz.
Esse tipo de sacerdote, não liga para a boa formação catequética dos leigos e impõe práticas e costumes que trazem dos seus países de origem. Misericórdia!
São padres centralizadores e, suas missas, são vazias de conteúdo litúrgico e catequético e muitas vezes transformam a homilia em verdadeiros discursos políticos e, em muitas vezes, fazem pregação ideológica ao invés de doutrinação cristã.
São padres grosseiros, arrogantes e hipertrofiados que assim agem por causa de uma formação errada e má dirigida na origem.
Interessante, que esses mesmos padres são tolerantes e afáveis quando se trata de fiéis e até lideranças as quais agem em desconformidade com o Catecismo da Igreja Católica e, coitados, usam e abusam dos espaços sagrados, dos sacramentos e mandamentos.
E esses católicos são assim, porque faltou-lhes orientação sacerdotal, pois não respeitam a modéstia no vestir, ignoram as mais elementares práticas piedosas nos recintos santos e, divorciados da boa prática cristã, cometem toda sorte de desvios. Isso inclusive, já foi tema de diversos artigos meus.
Tanto na situação do homossexualismo quanto do clericalismo no seio da igreja católica, há um vácuo na formação e um desvio de vocação que exigem pronta e inadiável intervenção a fim de salvarmos o que ainda resta de bom no cristianismo católico tão rico e tão santo.
Ainda há santos e humildes sacerdotes no seio da Igreja Católica. É um reconhecimento necessário que faço para encorajar essa minoria para que continue caminhando nessa direção.
Té logo!
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