A Imprensa e os gravetos 

Noticiar, deveria ser algo prazeiroso e fantástico e, receber uma notícia melhor ainda, se ela vier recheada de conteúdo verdadeiro e fiel aos fatos.

Entre mentir e esconder a verdade existe uma linha muito tênue.
Em ambos os sentidos existe a clara intenção de proteger-se, acobertar algo ou alguém ou ainda a deplorável atitude de atingir pessoas ou entidades.
Desde a fundação da imprensa a humanidade passo a saber de um modo mais rápido dos fatos e decide comentá-los, analisá-los e, conforme sua linha de raciocínio e o grau e responsabilidade de cada indivíduo em digerir esses fatos, passá-los adiante.
Com o passar do tempo, o modo com que a informação foi sendo processada a fim de alcançar maior público e repercussão, ganhou contornos de excepcional velocidade graças à transformação e o nascimento de novos e mais modernos sistemas ou meios de comunicação.
Com a mesma velocidade, alcançamos  a obsolescência de determinados modos de comunicação de massa. Exemplo disso é a mídia impressa que em mais uma década pra frente, desafortunadamente, fará parte apenas da nossa memória.
Particularmente, eu adquiri o hábito de tomar conhecimento das notícias e aprender e gostar de escrever, ouvindo rádios e me informando por meio dos três maiores noticiosos do nosso estado pois, meus pais, eram aficcionados pela leitura dos matutinos locais e possuíamos em casa um potente aparelho de rádio ligado permanentemente.
O interessante é que a rádio insiste em resistir em meio ao avanço das novas formas de comunicar até porque, os famosos podcasts(uma forma de rádio dentro da mídia escrita ou dos blogs), foi uma forma inteligente de usar a voz para alcançar os ouvidos do público.
Os jovens de hoje, antenados que são nas formas de comunicação mais rápidas e por meio de uma linguagem mais digerível e sem rodeios ou abordagens complicadas, já descobriram esse filão.
Entretanto, na esteira da mesma rapidez com que os meios de comunicação modernos vão surgindo, trazem consigo os velhos e batidos vícios da falta da falta de credibilidade e do uso abusivo por parte de muitos.
A instrumentalização da mídia como forma de politização da notícia e/ou do seu uso indiscriminado para atingir alguém ou alcançar objetivos na maioria das vezes nada republicanos, são as formas mais eloquentes e sórdidas de fadar esses meios ao limbo.
Não custa nada ser verdadeiro! Não é caro pra ninguém falar a verdade!
Quando a grande imprensa e os modernos meios de comunicação virtuais enveredam pelos tortuosos caminhos da falácia, do engodo, do servilismo ideológico ou, se submetem a vender seus espaços a serviço de partidos, tendências, credos e facções, fada-se ao fracasso e à morte em si mesma.
Não estou a falar dos espaços para propagandas pois, a escolha de patrocínio, são um forma de sobrevivência porque ninguém é de ferro e há custos agregados para manter estruturas e equipes.
Entretanto, não se pode é vender a alma ao encardido permitindo-se espancar a verdade e a linha editorial apenas para auferir vantagens pecuniárias ou políticas.
Isso é um horror! Um horror! como diria um senador amazonense flagrado sem querer em meio a uma audiência virtual.
O que a grande imprensa brasileira tem perdido de espaço e de credibilidade entre o público não está no gibi.
Na ânsia de divulgar notícias desfavoráveis ao governo federal, no desespero por atingir o presidente, na luta inglória por desacreditar ou esconder alguns dos muitos bons feitos da gestão federal, a grande imprensa erra e se apequena.
Essa parcialidade desesperada e essas ações persecutórias, só ampliam a paixão dos seguidores e dos admiradores do presidente, porquanto estes lêem nas entrelinhas, que o que existe por traz é uma campanha difamatória e odiosa.
Nada pior para quem quer atingir o adversário do que vitimizá-lo porque funciona exatamente ao contrário que nem massa de bolo que quanto mais batem mais cresce.
Até as tentativas de produzir números desfavoráveis por meio de pesquisas eleitorais nada confiáveis, caem como uma luva no colo dos bolsonaristas os quais vêem nessas formas nada inteligentes de uso de pesquisas duvidosas, uma oportunidade para alterar os ânimos, antecipar o processo eleitoral e acelerar a marcha da reeleição.
Logicamente que, de santo, o mandatário da nação não tem nada porquanto, vive a provocar seus notórios desafetos na imprensa e, penso sinceramente, que o presidente tem menos a perder em meio a essa animosidade que não leva a nada nem constrói pontes.
O ato de desinformar e a atitude deliberada de deformar os fatos são irmãos siameses pois, andam juntos e inseparáveis e depõem contra o que os operadores da imprensa mais lutam que é a liberdade de expressão e uma imprensa livre, soberana e verdadeira.
A mentira tem pernas e calças curtas, a verdade sempre prevalece e o tempo é o senhor da razão.
Os australianos(que os inventaram), transformam os bumerangues que não voltam em gravetos pois devem queimar porque não têm a utilidade para a qual foram destinados.
Parte da nossa imprensa serve apenas para gravetos posto que a notícia mal dita não precisa sequer voltar.
Té logo!