“Espero que o novo governador cumpra minimamente o que prometeu em campanha, embora eu não tenha muitas expectativas positivas sobre isso”, disse do deputado estadual José Ricardo (PT), na manhã desta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), em virtude da diplomação do novo governador eleito, Amazonino Mendes (PDT), que já apresentou seu novo secretariado, mas não apresentou ainda seu Plano de Governo para Estado do Amazonas.
Para José Ricardo, a julgar pelo secretariado escolhido, não haverá mudanças significativas para o Estado, já que o governador eleito e também a maioria dos futuros secretários pertence ao mesmo grupo político que está no poder há mais de 30 anos e que a prática desse grupo sempre foi de atuar sem transparência, sem participação popular, sem debater os projetos do orçamento público e muitas outras ações que não priorizam o direito da população. “Por mim, pode ser eleito, diplomado e assumir imediatamente. Isso é o que menos importa. Não espero muitos avanços do Governo que vai assumir, pois os problemas são graves e há muita necessidade de diálogo com a sociedade, mas já sabemos que a falta de diálogo e agir sem transparência sempre foram as práticas de Amazonino”, destacou.
Ele disse também que esse mesmo grupo foi aquele que utilizou supercontratos, onde muitos com suspeitas de desvios de recursos; que terceirizou a saúde; que deixou os terceirizados com salários atrasados e com a falta de alguns direitos trabalhistas e muito mais situações calamitosas que prejudicaram a população.
“Vou manter minha postura de fiscalizar, denunciar, cobrar e propor soluções aos problemas do Estado, pois essa é uma importante função do parlamentar”, lembrou José Ricardo.
Apoio aos funcionários públicos da Aleam
Diante da manifestação dos funcionários públicos da Aleam por melhores condições salariais, realizada nesta terça-feira, o deputado José Ricardo se posicionou a favor da luta desses trabalhadores e lembrou que já vem defendendo que os recursos da verba indenizatória dos deputados (cotão) sejam reduzidos em 30%, algo em torno de R$ 2,1 milhões ao ano, concedidos a todos os parlamentares para despesas como material de expediente, aluguel de carros, escritório, dentre outras, e que essa redução possa ser aplicada também para reajuste salarial dos servidores da Casa Legislativa.
Para o deputado, é perceptível ver a grande diferença entre funcionários da Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que não deveria ocorrer já que o TCE é um órgão auxiliar do Poder Legislativo. “Eu propus uma redução na verba indenizatória, por exemplo, pois sei que outros deputados, assim como eu, não utilizam totalmente deste valor disponibilizado para os gastos dos deputados. Se for pegar desde o primeiro mandato, ano a ano, você vai ver um demonstrativo dos valores não utilizados. Então, estou propondo que haja uma redução já que não precisa desse dinheiro, é só fazer um levantamento. É uma proposta para ajudar a ter disponibilidade de recursos e daí atender o pleito dos trabalhadores e funcionários de carreira da Aleam”, disparou.
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