Faltaram apenas seis votos para que o veto da presidente Dilma Roussef fosse derrubado e o reajuste dos servidores do Poder Judiciário fosse aprovado. Da bancada do Amazonas, apenas Alfredo Nascimento votou a favor da manutenção do veto, o que já era esperado. Silas Câmara e Artur Bisneto faltaram à sessão. Se estivessem presentes e votassem pela derrubada do veto, como estava previsto, poderiam ter ajudado a derru bar o veto.
“Para que o veto fosse derrubado, seriam necessários 257 votos, mas somente 251 deputados votaram pela derrubada. Infelizmente seis parlamentares faltaram ou se esconderam e a correção salarial dos servidores, após dez anos, não será atendida pelo plenário”, atacou Hissa Abraão, que votou a favor da derrubada do veto.
Do Amazonas, votaram contra a manutenção do veto, além do deputado Hissa Abrahão, os parlamentares Átila Lins, Conceição Sampaio, Marcos Rotta e Pauderney Avelino. Apenas o deputado Alfredo Nascimento votou a favor do veto.
Para Hissa, a alegação de que a aprovação do reajuste iria impactar as contas do governo federal não é justa. “O governo alega que o país está em crise e não há condições de fazer o reajuste. Mas o próprio governo federal não faz nada para cortar os gastos dispendiosos nos ministérios. Então, deixar de reajustar o salário de uma classe, que faz a Justiça funcionar no país, é atrasar ainda mais a boa governança e o judiciário brasileiro. Portanto, os servidores ficarão mais dez anos sem reajuste”, declarou.
Com o resultado da votação (251 contra, 11 abstenções e 132 a favor), a matéria não será analisada no Senado.
