Vereadores insatisfeitos ameaçam abandonar base de sustentação do prefeito na CMM

A falta de habilidade do presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis (Avante), e de um pequeno grupo de vereadores que o cercam está deixando vários parlamentares insatisfeitos, ameaçando abandonar a base de apoio do prefeito David Almeida (Avante) na Casa. Há queixas relacionadas a quebras de acordo para a ocupação das comissões temáticas e até mesmo em relação à distribuição de cargos.

O episódio mais recente envolveu o vereador Marcel Alexandre (Podemos), a quem Reis havia prometido a presidência da Comissão de Economia e Finanças, a terceira mais importante da Casa. No momento de efetivar o parlamentar no posto, para surpresa da maioria, o vereador Lissandro Breval (Avante) candidatou-se ao cargo, o que forçou uma votação, que acabou dando a posição a este último.

Bastante querido pelos colegas, Alexandre sentiu-se traído e não escondeu a contrariedade. O ex-presidente da CMM, Joelson Silva, também foi preterido nas posições de destaque das comissões. Curiosamente, os dois foram decisivos na articulação e apoio ao prefeito David Almeida no segundo turno da eleição do ano passado. Coube aos dois arregimentar a maior parte do eleitorado evangélico.

Cargos concentrados

A distribuição de cargos também está gerando insatisfação. David Reis decidiu concentrar a distribuição dos cargos comissionados nas mãos dele e não tem consultado praticamente nenhum vereador, a não ser um pequeno grupo que orbita no entorno dele, entre os quais de destacam os vereadores Ewerton Assis (PSL) e Professor Fransuá (PV).

“Sempre coube ao presidente distribuir cargos e postos em comissões, mas desta vez parece que retrocedemos bastante no tempo. Isso está sendo feito com um cheiro muito forte de velha política. A Câmara está de costas para a sociedade. A impressão que dá é que um grupo chegou ao poder achando que é dono da coisa pública”, disse um dos insatisfeitos, que preferiu o anonimato, com receio de represálias. “Do jeito que essa turma está agindo, eu espero tudo deles”, precaveu-se.

Os movimentos ameaçam rachar a base de apoio do prefeito e pode ainda causar outros danos, como uma devassa nos contratos da Casa.

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