O presidente da Comissão de Serviço Público da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Gedeão Amorim (PMDB), propôs a criação de uma Campanha de Conscientização sobre a Preservação dos Igarapés da capital por meio da Indicação N° 157/2017 protocolizada, hoje, na Casa.
“Apesar das ações da prefeitura para a limpeza e fiscalização, a sociedade precisa saber da sua responsabilidade com o meio ambiente. O principal objetivo dessa indicação é proporcionar conhecimento e conscientizar a população para que tenhamos uma mudança prática em nossas atitudes e a formação de novos hábitos com relação à utilização dos recursos naturais”, explica Gedeão.
A campanha, proposta pelo líder do PMDB, tem formato educacional e informativo. “Precisamos despertar na sociedade valores e o senso de responsabilidade para com as gerações futuras, buscando alternativas e soluções para as questões ambientais pertinentes no dia a dia escolar e assim formando uma nova consciência social”, declara Amorim.
Nesta semana, Gedeão Amorim alertou para a grande quantidade de lixo retirado dos igarapés da capital durante o mês. De acordo com levantamentos feitos por órgãos ambientais, em média, 666,66 toneladas de resíduos sólidos são retiradas dos igarapés, sendo que 60% são objetos oriundos de residências e o restante de estabelecimentos comerciais e industriais.
Atualmente, a cidade possuí 44 córregos e quem passa por eles percebe a quantidade de detritos que ocupam as margens, poluindo e, em muitos locais, causando mau cheiro. “Realizamos um levantamento junto às secretarias municipais de Limpeza Urbana (Semulsp) e Meio Ambiente (Semmas) e verificamos que os dados são alarmantes. A prefeitura retira dos igarapés quase 8 mil toneladas de lixo por ano, além disso as invasões e construções irregulares também prejudicam nossas áreas de preservação permanente (APP), desmatando e causando danos s para a sociedade”.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade apontou que, entre janeiro de 2013 e outubro de 2015, 139 invasões irregulares de terras foram detectadas na capital. As invasões em áreas verdes urbanas foram alvos de 800 reclamações em 48 focos, no ano 2016. Os bairros Nova Cidade, Novo Aleixo e Tarumã são os que mais registram ocorrência. Entre as três áreas de maior preocupação, estão o Canaranas – com área total equivalente a cinco hectares – e os loteamentos Parque das Garças e Águas Claras.
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