Vai e vem de liminares está inviabilizando gestão de Caapiranga

O município de Caapiranga vive uma disputa sem fim pelo poder, que está prejudicando a população. Desde outubro, um festival de decisões judiciais tirou e colocou no poder o prefeito Antonio Ferreira Lima (PMDB), que está rompido com seu vice e correligionário Moisés Lima Filho. Este, nas interinidades, tem sido acusado de várias irregularidades.

Filho assumiu da última vez no dia 7 de dezembro, permanecendo no poder por 14 dias, durante os quais movimentou R$ 700 mil dos cofres municipais. O titular o acusa de adquirir máquinas pesadas para recuperação das ruas da cidade sem licitação; pagar R$ 245 mil a uma empresa de fornecimento de medicamentos que não teria entregue a mercadoria comprada; reter irregularmente dinheiro dos funcionários que fizeram empréstimos consignados e não repassar recursos do Fundo de Previdência Municipal.

Lima afirma ainda que  o vice contratou e pagou o escritório jurídico Levy & York Advogados Associados e vários assessores de primeiro escalão ligados a um juiz aposentado, que seria o maior interessado na alternância de poder.

A Lei Orgânica do município fixa os salários dos secretários locais em R$ 3,5 mil e as diárias em R$ 250. O prefeito diz que os contratados do vice receberam mais de R$ 4 mil por apenas duas semanas de trabalho. Sendo que a secretária de Saúde levou R$ 5 mil e a de Finanças recebeu o mesmo valor em salário e mais R$ 3 mil de diárias. No caso da controladora geral, que deveria fiscalizar a administração, o valor pago foi dobrado – R$ 8 mil.

“Ele fez um festival de pagamentos para seus protegidos e inviabilizou os salários dos servidores mais humildes”, acusa Lima. Ele garante que encaminhou todas as denúncias ao Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça e Câmara Municipal.

A ORIGEM

Lima e Filho foram eleitos no ano passado para administrar Caapiranga. Os desentendimentos entre os dois começaram quando o vice-prefeito aproximou-se do grupo de oposição, ligado ao ex-governador José Melo, hoje cassado e preso na operação “Estado de Emergência”, da Polícia Federal.

Na foto acima, os dois aparecem juntos durante evento no município, antes da cassação de Melo.

Filho teria, a partir de então, alinhado-se à oposição no município e iniciado o processo de boicote à administração do ex-aliado, com o intuito de assumir o cargo.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta