Por Dauro Braga*
Nesse momento em que se discute acaloradamente a legalização do aborto, ou seja, do direito de eliminar a espécie humana na sua forma mais primitiva quando não tem condições de oferecer a mínima resistência ao agressor, e que se defende através de uma legislação intransigente e objetiva o direito à vida de algumas espécies animais, estranhamos a relevância que é dada a isso quando comparamos ao primeiro, pois esse trata da preservação da própria espécie humana.
Não é estranho que um ovo de tartaruga seja muito mais protegido por Lei do que o óvulo humano, quando se discute se o óvulo humano deva ter ou não proteção? Nesse contexto onde se insere a preservação da vida animal, entendemos que, devam existir Leis protecionistas e punitivas a toda e qualquer ação danosa contra as espécies vivas, porém, obedecendo a escala de prioridades, e que essa seja ordenada de conformidade com a relevância das espécies.
Por conta dessa falta de coerência no trato com o ordenamento jurídico da nação, alguns absurdos são cometidos legalmente, quando pune com reclusão imediata ao presídio, sem nenhum atenuante, o caboclo interiorano que mata uma pequena paca para saciar a própria fome, sendo que se a caça for abatida a tiro, agravam ainda mais o seu crime porque a velha espingarda não tem registro. É estranho que os nossos legisladores tenham
produzido Leis tão inflexíveis e de rápida aplicabilidade para proteger o meio ambiente, sendo os crimes dessa natureza considerados inafiançáveis e não tenham tido a mesma preocupação com a vida humana.
Enquanto essas aberrações acontecem diante de uma sociedade acovardada e muda, que sufoca na garganta o grito de revolta com medo de represálias, monstros impiedosos matam e ainda esquartejam indefesas vítimas somente para saciar seus instintos bestiais, e mulheres são espancadas, violentadas e mutiladas barbaramente, tudo contando com o beneplácito de uma legislação capenga e injusta. Esses animais truculentos, quando não são pegos em flagrante delito, dispõem de inúmeros artifícios legais para responderem pelo
hediondo crime em liberdade, ou ainda, em caso de condenação, recebem como prêmio a bolsa reclusão.
Note-se que, se o desalmado assassino for menor de dezoito anos, está livre de todos esses aborrecimentos. É imperioso acabar com essa hipocrisia desproposital e injustificável.
No ano de 2017 os assassinatos praticados no Brasil superaram o número de vítimas da guerra civil na Síria e em todas as demais localidades do planeta. Está insustentável a situação, assim não pode continuar.
E o que dizer da desenfreada carnificina do trânsito? Irresponsáveis motoristas, certos da total impunidade, saem às ruas dirigindo embriagados ou drogados, matando e mutilando impiedosamente incautos transeuntes. Vejam quanto absurdo! Colocam nas mãos de um desequilibrado um documento que lhe permite sair pelas ruas matando e atropelando indefesas pessoas conduzindo uma arma tão destruidora como uma metralhadora, e proíbem ao cidadão de bem possuir uma simples arma para sua defesa pessoal e de sua família. Quanta incoerência!
É por todo esse zelo exacerbado que, até hoje, estamos isolados rodoviariamente do restante do Brasil, porque exigem um laudo de impacto ambiental de uma obra já executada há décadas. Discutir o impacto ambiental agora é o mesmo que priorizar a discussão sobre a dialética do sexo dos anjos. Ora, o dano ambiental causado – e supostamente mitigado de acordo com as exigências legais – já se deu e deve-se dar relevância neste momento ao interesse soberano da coletividade, da economia regional e aos benefícios que o Amazonas e sua gente passarão a usufruir a partir da obra.
Dotar essa estrada de condições de trafegabilidade é uma questão de coerência e dever patriótico, não só pelos benefícios econômicos e sociais, mas, principalmente, porque ela, estando em boas condições, incentiva o caboclo interiorano a permanecer em seu habitat, fazendo a vigilância de nossas fronteiras e mantendo a integridade do território nacional.
Estou convicto de que, se os zelosos órgãos encarregados do meio ambiente já existissem há oitenta anos atrás, nós não teríamos a felicidade de, hoje, contemplarmos a beleza ímpar de uma das maiores maravilhas do mundo (O Cristo Redentor).
Senhores legisladores: modifiquem essa legislação criminal, fajuta, que há muito capengou e deem à Nação um novo ordenamento jurídico, dotando-a de uma legislação moderna e simplificada, sem muitas condicionantes, fazendo com que ela possa ser tão rigorosa e célere quanto o é a legislação ambiental. Criem Leis que punam exemplarmente os bandidos surrupiadores dos recursos públicos. Revoguem os penduricalhos jurídicos em que se apegam os corruptos para livrarem-se da cadeia, os embargos infringentes.
Senhores eleitores: tenham responsabilidade com a Nação. Amem o Brasil. Não votem por compadrio. Reconheço que está difícil a escolha, porém, procurando acham, elejam legisladores competentes e honestos e que estejam comprometidos com as mudanças radicais de que a Pátria necessita urgentemente para poder tomar um novo rumo que a leve ao lugar reservado às grandes nações. Tudo depende de você. Use seu voto como um cutelo, para decepar a cabeça desses políticos corruptos e impatriotas.
*O autor é empresário (daurofbraga@hotmail.com)
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)