Três Marias e Rainhas

Por Ronaldo Derzy Amazonas*
Por determinação Divina o mês de outubro abrigou datas comemorativas em homenagem à Mãe do nosso Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, em momentos muitos especiais para o povo cristão católico do nosso estado, do  estado do Pará, do Brasil e do mundo.

Quis Deus um dia presentear a humanidade enviando seu próprio Filho à Terra e, para tanto, apesar da Sua onipotência, preferiu fazê-lo do modo mais natural e humano, servindo-se de uma mulher escolhida dentre as mais simples e humildes de uma aldeia de Nazaré na Palestina.
Maria, a serva preferida, entregou-se de corpo e alma para protagonizar a história da salvação e, sem titubear, disse SIM ao plano do Pai que, num extremado gesto de amor para com a Sua criação, deu-nos o seu próprio Filho para nos redimir dos pecados.
Pelo mundo afora e por meio de quase três mil títulos diferentes, Maria é reverenciada, venerada e reconhecida como uma menina mulher que, por obra e graça do Espírito Santo, concebeu, depois amamentou, cuidou, protegeu, educou e, num gesto que só uma Mãe com as suas sublimes qualidades e suas santas virtudes, aceitou que o Filho de Deus vivo fosse pregado na cruz por cada um de nós.
Pois bem, é essa mesma mulher agraciada por Deus, que nesse mês de Outubro recebe grandes e significativas homenagens cujas datas comemoram também três passagens eloquentes do calendário católico.
Em dois efusivos jubileus, Nossa Senhora é comemorada de modos muito especiais. O primeiro, nos festejos pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição, mais tarde chamada de Aparecida pelo modo como “apareceu” a um grupo de pescadores no Rio Paraíba no interior do estado de São Paulo. O belíssimo e grandioso Santuário construído em sua homenagem, abrigou durante meses até culminar com o dia 12 de outubro último, uma vasta programação que entre gestos de fé, romarias,
procissões e espetáculos, prestou merecidas honras à Mãe Aparecida.
O segundo jubileu lembra dos 100 anos da aparição da Virgem Maria a três humildes pastorinhos no vilarejo de Fátima em Leiria, Portugal, na mais famosa, significativa e candente visita da Mãe de Deus à Terra, reconhecida como Nossa Senhora de Fátima. Lá como cá, espetáculos de fé, conversão, prodígios, curas e homenagens Àquela que mexe com a emoção e acende em cada cristão católico a chama da esperança na fé e na crença em valores muitas vezes perdidos como os valores familiares, morais e de cidadania.
Por fim, a sempre grandiosa demonstração de fé protagonizada pelo povo paraense e visitantes há mais de dois séculos e que a cada ano cresce e emociona a todos quantos têm o privilégio de assistir ao vivo a tanto fervor e a tantos agradecimentos e honras por um povo que sabe reconhecer na Mãe de Nazaré ou Nossa Senhora de Nazaré, a medianeira, a intercessora, a prodigiosa e a protetora Mãe que acolhe e apresenta ao seu filho Jesus todas as nossas necessidades mormente nos momentos de maior aflição e dor.
Rogamos a Deus que um dia todos os cristãos mundo afora tenham a oportunidade de reconhecer em Maria seus verdadeiros valores e sua importância na história da salvação da humanidade como bem disse um dia São João Maria Grignion de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria:”Foi por meio da Santíssima Virgem que Jesus Cristo veio ao mundo e, é também por meio dela, que Ele deve reinar no mundo”.
Salve Maria!
Té logo!
*O autor é farmacêutico e empresário