O prefeito Arthur Neto e seu vice, Marcos Rotta, colocaram a mobilidade urbana como prioridade na atual gestão. Para isso, estão comandando uma ampla mesa de negociação que tem três objetivos principais: evitar novas paralisações do sistema, implantar o Bus Rapid Transport e preservar o tratamento diferenciado para estudantes. Nesta terça-feira, 24, uma reunião ocorrida em Manaus e acompanhada on line pelo prefeito, avançou em alguns pontos.
“É preciso ao mesmo tempo fazer funcionar o BRT, que é a solução para dar fluidez ao sistema, e amenizar os problemas do que aí está. Estamos trabalhando nestas duas frentes”, explica o prefeito.
Enquanto Arthur foi à Colômbia conhecer o funcionamento do BRT em cidades onde ele deu certo, como Bogotá e Medellin, Rotta comandou a mesa de negociações em Manaus, que avançou em um ponto importante: o congelamento da meia-passagem. “É uma ideia nossa para preservar nossos estudantes, que não têm recursos para suportar reajustes. Já conseguimos pacificar isso”, diz Rotta.
Agora, discute-se as reivindicações dos trabalhadores do sistema e o próprio valor da tarifa. O ponto de partida, entretanto, é o fim das paralisações. E nisso as duas partes concordaram.
“O sindicato resolveu suspender qualquer tipo de paralisação ou greve. Eles (Sinetram) nos ofereceram uma proposta, que ainda não posso falar os valores”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira.
O último reajuste da tarifa de ônibus em Manaus ocorreu no dia 18 de janeiro de 2015. Àquela altura, o valor foi de R$ 2,75 para R$ 3,00. Antes disso, o então prefeito Amazonino Mendes segurou o valor em R$ 2,25 por três anos e três meses, gerando uma pressão enorme sobre o sistema.
Da última vez em que a prefeitura autorizou o reajuste, a inflação acumulada era de 21%, mas o valor subiu apenas 9,09%.
A pressão só é suportável por causa dos incentivos que o sistema recebe das três esferas de governo. A União abre mão do PIS e do Cofins; o Estado isenta as empresas do pagamento do ICMS sobre os combustíveis e o município subsidia parte da tarifa. Havia um acordo para que o Governo do Estado também pagasse o subsídio, firmado na época em que o atual senador Omar Aziz era governador. O atual chefe do Executivo, José Melo, tem sido claudicante nesse assunto.
Em 2013, no primeiro ano da gestão, Arthur implantou um Consórcio Operacional para administrar os custos do sistema. Isso também ajudou a aliviar a pressão.
“Esperamos que nestes dois primeiros ano da nova administração algumas diferenças já fiquem bem evidentes. Estamos trabalhando duro para isso. E depois que o BRT estiver implantado, teremos um sistema muito melhor”, garante Rotta.
“Há uma diferença básica para garantir que o BRT vai funcionar: o apoio do Governo Federal. Não tínhamos isso até meados do ano passado. Agora temos”, conclui Arthur.
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