Sob pressão, deputados aceitam proposta de Álvaro e prorrogam CPI da Gasolina

Depois da péssima repercussão das declarações da relatora Alessandra Campelo (MDB), que disse não ter conseguido apontar a existência de um cartel dos combustíveis no Estado, os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar o tema, reuniram-se hoje e decidiram não votar o relatório e sim prorrogar os trabalhos até o dia 20, para que possam verificar pontos do texto apresentado pela parlamentar e encontrar alternativas para não decepcionar a população.

O autor do requerimento que deu origem à CPI, Álvaro Campelo (PP), tem sido elegante e discreto, mas internamente demonstrou grande insatisfação com o relatório. A presidente do colegiado, deputada Joana D ´Arc (PL), e a relatora, fizeram muito barulho no início dos trabalhos, prometendo resultados e até procedendo fiscalizações fardadas com camisas pretas estilizadas. Aparentemente, entretanto, arrefeceram o ânimo ao longo dos últimos dias e não produziram resultados.

Nas redes sociais, as declarações de Alessandra, na última semana, foram recebidas como uma grande “pizza” – expressão que se usa quando uma expectativa em relação a qualquer investigação é frustrada. De fato, o relatório antecipado pela parlamentar só agradou o quinto membro da CPI, deputado Abdala Fraxe (sem partido), que pertence à família que controla uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Estado.

Os membros do colegiado concederam uma entrevista coletiva hoje para anunciar a prorrogação. Á exceção de Álvaro Campelo, estavam visivelmente constrangidos.

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