O Sindicato dos Jornalistas do Amazonas divulgou nota, em redes sociais, nesta terça-feira, criticando matéria do jornal Amazonas em Tempo e do site CM7, que acusaram policiais militares do Estado de cometerem “assassinato” em casos de mortes ocorridas no confronto entre a polícia e suspeitos de crime.
De acordo com a nota do Sindicato, o jornalismo é fundamentado em princípios sólidos. “Foi construído e permanece de pé graças à ética e à seriedade na produção de conteúdo. Este Sindicato, em nome do profissionalismo de seus filiados, vem a público repudiara forma cínica e abjeta com que se desenrolou recente episódio (…). Ficaram patentes plágio e cinismo que este sindicato repudia veementemente”.
O Sindicato diz: “Manaus teve fim de semana sangrento, com mortes ocorridas no confronto polícia-suspeitos de crime. Houve troca de tiros e três foram mortos do lado dos suspeitos. Pelo menos dois veículos utilizaram as expressões `assassinato` e `execução` para definir as mortes. Policiais militares, revoltados, anunciaram boicote aos veículos envolvidos. O CM7, em pedido de desculpas, afirma candidamente que `copiou o conteúdo` do portal Em Tempo.
A nota continua: “Isso é crime. Atenta contra a propriedade intelectual e o direito do autor.
Este Sindicato denuncia, como cotidiano de sua atuação, o sucateamento de redações. Aponta, sem meias palavras, o prejuízo à sociedade das demissões de profissionais calejados para admissão de recém-egressos dos bancos de escola ou mesmo não-profissionais. Tudo em busca de salários menores. Quase nunca levando em conta qualificação e competência técnica.”
“O saldo da troca de tiros polícia-criminosos será ou morte de bandidos ou de policiais. E o Amazonas não repelirá a nefasta onda de crimes, confrontos entre organizações criminosas, disseminação das drogas etc., sem que a sociedade se posicione claramente do lado da lei.”
“É por isso que um novo projeto, que visa o combate às fake news, à prática anti-jornalística, estará no mercado em breve. Vamos reconhecer aqueles que agem com ética e seriedade na produção do conteúdo, com um selo de credibilidade, referendado por várias instituições signatárias.”
Veja a nota completa:
“Conteúdo se produz com ética e seriedade. Copiar é falta de caráter.
O jornalismo é fundamentado em princípios sólidos. Foi construído e permanece de pé graças à ética e à seriedade na produção de conteúdo. Este Sindicato, em nome do profissionalismo de seus filiados, vem a público REPUDIAR a forma cínica e abjeta com que se desenrolou recente episódio, envolvendo o site CM7 e os policiais militares do Amazonas. Ficaram patentes plágio e cinismo que este sindicato repudia veementemente.
O fato: Manaus teve fim de semana sangrento, com mortes ocorridas no confronto polícia-suspeitos de crime. Houve troca de tiros e três foram mortos do lado dos suspeitos. Pelo menos dois veículos utilizaram as expressões “assassinato” e “execução” para definir as mortes. Policiais militares, revoltados, anunciaram boicote aos veículos envolvidos. O CM7, em pedido de desculpas, afirma candidamente que “copiou o conteúdo” do portal Em Tempo.
Isso é crime. Atenta contra a propriedade intelectual e o direito do autor.
Este Sindicato denuncia, como cotidiano de sua atuação, o sucateamento de redações. Aponta, sem meias palavras, o prejuízo à sociedade das demissões de profissionais calejados para admissão de recém-egressos dos bancos de escola ou mesmo não-profissionais. Tudo em busca de salários menores. Quase nunca levando em conta qualificação e competência técnica.
O profissional jornalista sabe que, empresas que usam essa prática, em breve o substituirão por outros mais jovens. E assim por diante, com evidente prejuízo na qualidade da informação. O ideal é a busca da renovação em consonância com a experiência, para que se extraia o melhor desse intercâmbio. Há que se ressaltar, porém, que a divulgação de conteúdo de outro veículo se dá com o devido crédito e reconhecimento, sem apropriação indevida do trabalho intelectual alheio.
O saldo da troca de tiros polícia-criminosos será ou morte de bandidos ou de policiais. E o Amazonas não repelirá a nefasta onda de crimes, confrontos entre organizações criminosas, disseminação das drogas etc., sem que a sociedade se posicione claramente do lado da lei.
O episódio, porém, traz a confirmação do que se suspeita há muito tempo. O pedido de desculpas do CM7 confessa, sem o menor pudor, que o site atua copiando conteúdo dos demais portais, utilizando, para isso, mão de obra de estagiários e de não profissionais. E, com o mesmo cinismo, divide a culpa entre esses neo profissionais e o veículo originário da informação.
A informação é matéria-prima dos veículos. O que ocorreria se a Pepsi-Cola roubasse xarope da Coca-Cola e publicasse uma nota na mídia confessando isso? Ou McDonalds revelasse o furto de um caminhão de sanduíches do Burger King?
É por isso que um novo projeto, que visa o combate às fake news, à prática anti-jornalística, estará no mercado em breve. Vamos reconhecer aqueles que agem com ética e seriedade na produção do conteúdo, com um selo de credibilidade, referendado por várias instituições signatárias.
O leitor consciente repudia site que pratica o copia-cola. Este Sindicato não aceita. Nem aceitará. E está à disposição para agir judicialmente em favor de quem tem, teve ou terá o conteúdo furtado. Hoje e sempre.”
O OUTRO LADO
A editoria do portal do jornal Em Tempo fez contato com o blog informando que a matéria que o site CM7 disse haver copiado jamais existiu em seu conteúdo. Segundo a publicação, o caso já foi encaminhado ao setor jurídico da empresa, para as providências legais, uma vez que o nome do veículo teria sido usado indevidamente.
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