A “dona” do Instituto Gente Amazônica, Maria de Nazaré Lima Menezes, gravou um vídeo e o distribuiu no whatsapp, com “ajuda” de profissionais de redes sociais. Tenta passar a imagem de que ela própria gravou a peça, em casa. E tenta valorizar sua “denúncia” de superfaturamento de uma contratação emergencial de cirurgias, procedida pelo Governo do Estado para o Hospital da Zona Norte.
Só que é muito fácil perceber que Maria – ela faz questão de não citar o nome completo, talvez para evitar uma pesquisa simples no Google, que mostra uma quantidade razoável de processos que ela responde ou move na Justiça – tenta valorizar o episódio, dizendo que tem medo de morrer e que só está sendo atacada porque é mãe solteira. Mas não demonstra um pingo de emoção, coisa muito estranha para quem está vivendo uma situação de risco.
A voz não embarga, o texto corre sem engasgos, tudo muito bem produzido. No final, uma olhada para o monitor ao lado, reflexo natural de toda pessoa que não está acostumada com o vídeo. Se fosse um vídeo selfie, a reação seria a de desligar o celular. Mas não era ela quem estava gravando.
Em vários momentos fica claro que Maria está lendo um texto colocado à sua frente em um teleprompter, aparelho usado por televisões profissionais para evitar que os apresentadores tenham que baixar a vista para ler.
Maria não surgiu por acaso. E também não por acaso comanda uma entidade cujo foco principal são as artes cênicas. Ela é excelente atriz, tem muito auto controle, mas age nos bastidores de forma totalmente diferente daquela com que se apresenta nos vídeos e áudios muito bem gravados, para tentar comprometer o governador David Almeida (PSD), com quem ela bem que tentou, mas não conseguiu fazer negócio.
Ela e seus parceiros conseguiram o que queriam: criaram um problema para um governador interino que fez muito mais em cem dias do que o antecessor fez em três anos. E mais importante: impediu que ele sequer pensasse em apoiar Eduardo Braga (PMDB) no segundo turno.
Foi uma bela jogada, protagonizada por uma grande atriz, que a Rede Globo deveria observar melhor.
Veja o vídeo:
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Interessante é notar uma fala pra lá de artificial, visivelmente ensaiada e míope, que tenta vitimização total de alguém que anda pelos 4 cantos da cidade com uma outra golpista, ex presidiária, que responde por estelionato, em conjunto com um conhecidissimo policial de grilagem de terras em Manaus; também chama muito atenção a endemonização da saúde do estado, num momento em que a Opetacao MAUS CAMINHOS, cujo relatório tem 155 paginas, está sendo analisada em fase final em Brasília e deverá alcançar um político do AM, financiador dessa farça, que, não por acaso, é uma peça teatral, onde Maria, que de santa e vítima, não tem absolutamente nada, aproveita seus 15 minutos de fama, para voltar ao ostracismo e aos seus ensaios de estelionato baré, a partir de 2a feira, 28/08/2017.
Pobre Amazonas que em toda eleição promove uma farsa. Essa pelo menos têm estória e atriz de terceira.