Parecia uma bomba, mas não foi nem um catolé. Marcelo Ramos (PR) convocou a imprensa com grande alarde ontem à tarde dizendo que faria uma denúncia de crime eleitoral. Na entrevista, afirmou categoricamente que o prefeito Arthur Neto (PSDB) havia mandado distribuir panfletos apócrifos – aqueles que não têm identificação – na cidade, para tentar desestabilizar sua campanha. E o que diziam os tais panfletos? Ofensas pessoais, questionamentos morais? Nada disso. Tratava-se apenas de uma colegam da imagem do candidato com o governador José Melo (PROS), cujo partido integra seu arco de alianças.
Marcelo insiste em negar o apoio de Melo. Questionado por um jornalista durante a entrevista se tinha vergonha de ter o governador entre seus apoiadores, ele saiu-se com o argumento de que era necessário que houvesse uma declaração formal para que este apoio fosse concretizado.
O candidato foi ainda mais longe, ao dizer que os panfletos foram produzidos com dinheiro do caixa 2 da campanha de Arthur. Quando questionado sobre as provas do que dizia, limitou-se a informar que o mesmo conteúdo dos panfletos estava sendo reproduzido por candidatos a vereador da coligação adversária na televisão.
Veja o panfleto:
Agora veja a nota que Arthur soltou em resposta a Marcelo:
“A coligação ‘Por Uma Só Manaus’ lamenta as declarações do candidato Marcelo Ramos, que, mesmo sem qualquer prova, acusa frontalmente o prefeito de realizar uma campanha apócrifa nas ruas da cidade. O triste espetáculo que hoje testemunhamos nos leva a refletir sobre as reais intenções e, quem sabe, sobre o caráter do candidato e sua perspectiva em relação ao presente processo eleitoral.
Desde o primeiro dia de campanha, esta coligação se pauta pela integridade e por uma trajetória limpa, em respeito a todos os candidatos que dela participam, sem qualquer palavra ou ação contra quem quer que seja. Prova disso é que não há sequer uma ação procedente no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) contra a propaganda de Arthur Virgílio Neto e Marcos Rotta, desde o dia 26 de agosto, quando as emissoras de rádio e televisão passaram a exibir o horário eleitoral gratuito.
Marcelo Ramos age com irresponsabilidade e desespero ao tentar criar um factoide, que muito lembra o episódio conhecido como ‘A farsa do ovo’. Nesta versão, a ‘Farsa do panfleto’ tenta arrastar este processo eleitoral para o circo criado pelo próprio candidato.
Sem o mais remoto elemento para alicerçar suas alegações, o candidato Marcelo Ramos – de forma absolutamente infundada – convocou uma coletiva de imprensa para fazer acusações desairosas contra o atual prefeito. As imputações são caluniosas, pois simplesmente não é verdade que tais panfletos tenham qualquer relação com a nossa campanha.
Diante disso, o prefeito tomará todas as medidas legais cabíveis contra essas absurdas alegações, incluindo a promoção da terceira notícia crime contra Marcelo Ramos nesse pleito, dessa vez por calúnia eleitoral.
A coligação ‘Por Uma Só Manaus’ reitera que continuará fazendo uma campanha limpa, transparente e propositiva, como devem ser as eleições, momento maior da democracia, quando as candidaturas detalham suas propostas para a construção de uma cidade melhor, mais justa, fraterna e inclusiva, como Arthur Virgílio Neto sempre defendeu ao longo de sua trajetória política.”
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