Com os dois melhores colocados na maioria das pesquisas até aqui ausentes, o debate promovido pela TV A Crítica entre os candidatos à Prefeitura de Manaus foi esvaziado e contou com a presença de apenas três postulantes, já que Wilker Barreto (Mobiliza) e Gilberto Vasconcelos (PSTU) foram excluídos porque a emissora usou a regra de só convidar partidos com representação no Congresso Nacional. Quem compareceu dedicou boa parte do programa a lembrar o caso do vídeo gravado em Parintins, mostrando secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar tramando contra um candidato de oposição ao governador Wilson Lima (União Brasil) na casa da família de seu candidato a prefeito da capital, o deputado Roberto Cidade (União Brasil).
“Ficou claro no vídeo, na casa da família do Roberto Cidade, o quanto, eles, o governo, estão usando as instituições para romper o processo democrático e coagir as pessoas. Quem eles pensam que são? O povo vai dar uma resposta no dia 06 de outubro expulsando eles da vida pública”, declarou o candidato Capitão Alberto Neto (PL).
Ficou claro também que a temática seria abordada com o candidato próprio Cidade, mas o penúltimo debate com os candidatos a prefeitura de Manaus foi marcado pela ausência dele e do atual prefeito, David Almeida (Avante).
“Eu queria que você eleitor refletisse. Você daria seu voto para quem usa sua família como escritório do crime? Roberto Cidade e os secretários do governo estão tramando contra o povo. Não vão no debate e acham que vão comprar votos e vencer a eleição”, acrescentou Neto.
Por causa das regras, os candidatos presentes foram obrigados a tratar de temas de interesse da população, como saúde, infraestrutura, cultura e educação. Mas foram episódios envolvendo denúncias contra a máquina pública que ocuparam a maior parte do tempo.
Questionado pelo candidato Amom Mandel (Cidadania), sobre a atuação da Polícia Militar, que lhe teria feito uma abordagem truculenta há alguns meses, o Capitão Alberto Neto defendeu a Corporação, lembrando a importância do trabalho dos policiais para garantir a segurança da população e reafirmando seu orgulho pelo tempo em que defendeu a cidade junto com eles, mas também criticou duramente o uso político da Polícia Militar pelo Governo Wilson Lima.
“Precisamos separar o joio do trigo, a gente tem que separar as coisas. O candidato Amom pode não estar acostumado, mas essa é a abordagem da Rocam em zona vermelha. Eu sou da Rocam e nossos policiais estão sendo usados como instrumento negativo, mas deixo meu apoio a toda polícia militar, eles não merecem isso”, defendeu Alberto Neto.
“A esculhambação na área da segurança pública no Amazonas tem que acabar! Eu já havia denunciado, lá em janeiro, a perseguição e intimidação que eu estava sofrendo. Agora, foram vazados vídeos que escancaram esses esquemas! É hora de uma intervenção federal pra assegurar a democracia no nosso estado. Manda esse vídeo pra todo mundo e vamos lutar pra acabar com essa sujeirada toda”, rebateu Amom.
Marcelo Ramos (PT), afirmou que as ausências do prefeito David Almeida e do deputado Roberto Cidade no debate da TV A Crítica, realizado na noite de terça-feira, 1º/10, mostram desrespeito com os manauaras. Para Marcelo, os dois não têm como justificar o aumento de impostos, as filas na saúde e a insegurança no transporte coletivo.
“Um não tem condições de explicar a fila na porta da UBS. O outro não tem condições de explicar a fila do Sisreg. Essa gente falhou em cuidar das pessoas. Mudar o ruim pelo ruim não é mudar. Mudança de verdade é acreditar num projeto novo. É acreditar numa cidade do futuro, inovadora, criativa, numa cidade em que as pessoas se dão as mãos para construir um tempo melhor”, disse.
Marcelo relembrou as entregas realizadas durante a pandemia de Covid-19 “enquanto o prefeito distribuía cloroquina e o governador deixava faltar oxigênio”.
O aumento do IPVA e do IPTU também surgiu em vários momentos do debate e os três candidatos responsabilizaram Cidade e Almeida.
Fora do debate, Barreto gravou vídeos criticando a TV A Crítica por excluí-los. No último apareceu deitado em sua cama, em casa, comendo pipoca e criticando o desempenho dos três candidatos. “Todos já mamaram nas tetas do Governo Wilson Lima”, afirmou.
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