Secretário adjunto de Operações da SSP-AM é exonerado após prisão de PMs suspeitos de pirataria

O secretário executivo adjunto de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Douglas Araújo Moura, foi exonerado na última terça-feira (12), de acordo com publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), de ontem (14). Foi ele que assinou a Ordem de Serviço para o uso de duas lanchas rápidas da SSP-AM por cinco policiais militares presos em Maraã suspeitos de pirataria na região do Rio Japurá. Heber Ribeiro dos Santos foi nomeado em seu lugar.

A Ordem de Serviço assinada por Douglas Araújo Moura foi considerada falsa pelos colegas de farda que prenderam os PMs em Maraã. Ainda segundo os Policiais militares do 3º Grupamento da PM (3º GPM) no município, o grupo suspeito foi preso acusado de extorquir e assaltar garimpeiros usando a lancha da polícia. Os presos foram levados para 5ª Delegacia Regional em Tefé.

Na última terça-feira (12), o advogado dos presos, Lucas Azevedo afirmou que os PMss saíram de Manaus com destino a Japurá para atuar no patrulhamento da cidade, após uma confusão generalizada que terminou com a morte de dois suspeitos de pertencer a uma quadrilha de piratas que atua naquele município.

O advogado disse que a ordem de missão teria sido emitida pela Secretaria Executiva Adjunta de Operações Integradas, que integra a estrutura da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM).

Segundo ele, no trajeto Manaus-Japurá, a lancha usada pelos policiais apresentou problemas em diversos trechos, inclusive em Maraã, onde o grupo precisou parar para o conserto da embarcação.

“A lancha da SSP começou a apresentar pane de funcionamento do motor a partir da saída [de Manaus]. Apresentou pane acima de Coari, em Tefé e, por último, já no final da tarde de sábado (9), apresentou pane em Maraã. Foi então que decidiram parar, foram atrás de alguém que consertasse o motor. Como não encontraram, eles pararam, guardaram a lancha no porto e decidiram pernoitar no município”, alegou o advogado.

Quando os PMs chegaram ao hotel, o comandante da Polícia Militar de Maraã foi até o local e disse que os policiais precisariam ir até o Batalhão da Polícia Militar de Tefé, pois havia uma suspeita de que eles estavam envolvidos em pirataria.

“É importante ressaltar que não foram ouvidas testemunhas sobre eles estarem envolvidos em atividade de pirataria, em extorsões, em nenhum tipo de crime que seja. Não houve flagrante e nenhum produto de crime foi apreendido com eles. O que pode ter ocorrido é que a população tenha tido má impressão da guarnição”, afirmou Lucas Azevedo.

Diante da ordem do comandante, os policiais militares foram encaminhados para Tefé, onde foram abertos dois inquéritos policiais.

“Ao chegarem em Tefé, foi instaurado um inquérito policial pela Polícia Civil e outro pela própria Polícia Militar. Eles foram ouvidos nesses dois procedimentos”, informou o advogado.

Após os procedimentos, o grupo foi liberado para voltar a Manaus, mas uma investigação foi aberta para apurar a conduta dos policiais.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta