A senadora Sandra Braga (PMDB-AM) foi à tribuna da Casa, nesta terça-feira (12/04), para dizer que apoia e aprova a liberação do empréstimo de US$ 150 milhões solicitado pela Prefeitura de Manaus junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
Na manhã desta terça, ela foi surpreendida com a presença do prefeito da capital na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), cobrando uma ação da bancada estadual em favor do empréstimo, sem nunca tê-la procurado antes. Sandra Braga afirmou que “jamais foi procurada pelo prefeito ou quem quer que fosse” em busca de apoio ao projeto, cujo conteúdo ela desconhece.
“Gostaria que nós, como representantes do Amazonas, fôssemos chamados não apenas para prestar apoio, mas que tivéssemos a oportunidade de conhecer e avaliar o que iremos defender”, completou.
Ao falar de sua missão no Parlamento, a senadora fez questão de salientar: “Não é necessário que ninguém me peça para defender a minha cidade. Meu comportamento aqui no Senado Federal está acima de qualquer dúvida.”
Sandra Braga lembrou que o atual ministro de Minas e Energia – senador licenciado Eduardo Braga, já buscou apoio no Congresso Nacional para obter empréstimo externo ao Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), nos tempos em que governava o Amazonas.
“Já vivemos isso. Eduardo Braga e eu, quando ele era governador, o senador Omar o seu vice, e o atual prefeito de Manaus, líder da oposição nesta Casa”, disse. “Diferentemente do que ocorre hoje, Eduardo veio ao Senado naquela ocasião para conversar com o então líder da oposição, a quem apresentou o projeto e solicitou apoio”, destacou a senadora.
Maior programa social e ambiental de recuperação de igarapés na Amazônia brasileira, o Prosamim foi criado em 2004 pelo então governador do Amazonas, Eduardo Braga, para viabilizar a retirada de habitações das margens dos igarapés de Manaus e revitalizar áreas em processo de degradação ambiental. Executados pela Secretaria de Estado da Infra-estrutura (Seinf), os projetos de infraestrutura urbana do programa foram financiados com recursos do Governo do Estado e por empréstimos feitos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
