Por Daniel Melo*

Há poucos dias fui inquirido por minha filha Rebeca, que em seus 14 anos queria saber o que penso a cerca da controvertida figura do Deputado Jair Bolsonaro. É notório o fato de que está figura política é odiada ou amada em extremos radicais, fruto de suas opiniões ultra-conservadoras. Quando abre sua boca, Bolsonaro causa arrepios à esquerda e paixões à direita, além de muito tumulto nas redes sociais.
Vamos lá. Aqui neste espaço eu já me declarei conservador. Sou contra o aborto, o casamento gay e tantas outras modernidades. Sou conservador pelo fato de ser Cristão assumido. Respeito os homossexuais, mas combato o Ativismo gay. Reverencio a evolução das mulheres, porém repudio o feminismo que deseja uma guerra entre os sexos. O que isto tem a ver com Bolsonaro?  Quero dizer que a ortodoxia cristã não precisa ser agressiva mal-educada ou grosseira. Na defesa de seus ideais, pelo contrário, nossa grande arma é  a Espada do Espírito, a Palavra de Deus!

Politicamente estou longe, muito longe da esquerda. Agora, sou contra todo o tipo de defesa da tortura, venha de onde vier. Não defendo ditadura Civil ou Militar, pois toda forma de restrição à liberdade de expressão pode ser usada para atingir os que pregam o Evangelho. A história da igreja é um exemplo  de resistência à tirania dos Faraós e Césares ensandecidos.

Respeito Bolsonaro, contudo não creio ser ele um referencial digno de ser alçado a um patamar maior da República. É um homem corajoso, destemido, mas carece de equilíbrio. Nós não podemos mais cair em aventuras que se tornam armadilhas emolduradas por uma retórica arrebatadora. Vivemos dias muito difíceis, queremos soluções imediatistas. O senso de equilíbrio deve nortear nossas ações em todas as esferas. Se somos Cristãos, devemos ter a mente de Cristo!

*O autor é pedagodo e pastor da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil