Por Edilson Martins*
Em 2017, 47.510 pessoas foram mortas por disparos de armas de fogo.
Num país sem guerra, talvez não exista equivalente no planeta.
O assassinato do ator Rafael Daniel, 22 anos, juntamente com seus pais, não foi uma fatalidade, ou um gesto de um tresloucado, de um serial killer.
Foi a existência de uma arma em seu poder.
A flexibilização da posse e porte de armas, na contramão de pesquisas, estatísticas, estudiosos, bom senso, é uma loucura sem paralelos.
Pode ser atribuído a promessas de campanha, pressão do poderoso e convincente lobby da indústria de armas.
E, no entanto, é muito mais.
É o testemunho assustador de mentes alteradas, mergulhadas na pulsão da morte.
Não à toa, a explícita aproximação da família Bolsonaro, com milicianos, matadores de aluguel, inclusive celebrando os feitos desses profissionais.
Pelo que se sabe, Queiroz, àquele que se escafedeu, responde por 6 homicídios.
*O autor é jornalista
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