O processo movido pela coligação “Eu Voto no Amazonas” contra o governador Wilson Lima (PSC), acusando-o de captação ilegal de votos por conta de um material encontrado em poder do ex-prefeito de Nhamundá, Mario Paulain, durante a campanha eleitoral do ano passado, não tem mais quem o acompanhe. Os advogados Daniel Nogueira e Marco Aurélio Choy protocolaram hoje ofício no Tribunal Regional Eleitoral informando que não atuam mais na causa.

O motivo alegado: falta de pagamento. Simples e direto. Com isso, são praticamente nulas as chances de que algum processo contra Wilson prospere a partir de agora no TRE-AM. A informação foi postada nas redes sociais pela jornalista Rosiene Carvalho e confirmada ao blog pelos advogados.

O próprio Amazonino havia dito, um dia depois de sair do Governo, que não patrocinaria nenhuma ação para tirar o mandato do adversário.

Histórico

Nogueira e Choy, este presidente reeleito da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Amazonas, foram os responsáveis pelo cabedal de denúncias que acabou redundando na cassação do mandato do ex-governador José Melo (PROS), em janeiro de 2016. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral um ano e quatro meses depois, em maio de 2017. A partir dali, o deputado David Almeida (PSB) assumiu o Governo por cinco meses, período durante o qual o Tribunal Regional Eleitoral convocou eleições suplementares, nas quais Amazonino foi eleito para o quarto, e mais curto, mandato.