Prisão de venezuelano acusado de vários crimes em Manaus mostra que imigrantes do país vizinho, que já dominam o crime em Roraima, estão ocupando espaço no Amazonas

Mais um problema para a Segurança Pública do Amazonas. A prisão do venezuelano Asdrubal Alejandro Munoz Briceno, o “Vaneca”, acusado de vários crimes, incluindo homicídio, sequestro, tortura e tráfico de drogas, mostra que os imigrantes estão começando a se destacar nas facções criminosas que atuam no Amazonas. Ele se transformou em liderança do Comando Vermelho na área do bairro União da Vitória, Zona Leste de Manaus, e tem um perfil frio e violento, segundo a Polícia.

A prisão ocorreu na tarde de segunda-feira (24), em ação policial conjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em parceria com a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai). Ele estava sendo procurado pela polícia desde o ano passado pelos crimes de homicídio contra o falso policial militar Carlos Henrique Lúcio Gonzales, de 31 anos, ocorrido em 3 de novembro de 2024, e pelo sequestro de uma colombiana de 32 anos, registrado no dia 28 do mesmo mês e ano.

Surpreendido pelos policiais, Vaneca disparou alguns tiros, subiu em uma motocicleta e fugiu, jogando-se em seguida em um igarapé, aonde foi interceptado e preso.

Conforme a delegada adjunta da DEHS, Marília Campello, o venezuelano comandava o tráfico no União da Vitória sob o comando da lideranças do CV que estão refugiados no Rio de Janeiro. Ele matou Carlos Henrique para ficar com 40 quilos de droga que a vítima estava negociando com o grupo do venezuelano, e o sequestro da mulher era para extorquir dinheiro da família.

Conforme a delegada, quando a DEHS resgatou a mulher, a família já havia entregue R$ 20 mil para os criminosos.

Domínio em Roraima

Os venezuelanos já são as principais lideranças das facções criminosas que atuam em Roraima. Eles fazem parte de uma nova leva de imigrantes que veio do país vizinho nesta década. Inicialmente atravessaram a fronteira pessoas que fugiam da extrema pobreza e do regime ditatorial de Nicolas Maduro. Os criminosos vieram depois, atraídos pelos relatos de parentes sobre as oportunidades que surgiam em território brasileiro.

Em Roraima eles expulsaram os brasileiros que lideravam as facções e assumiram o comando, com métodos extremamente violentos. Agora começam a se destacar em Manaus, aonde se instalaram em bairros da periferia.

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