Presença de comandante do CMA em reunião na Suframa é recado para quem tenta derrubar Polsin

No quatro encontro promovido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com representantes de 25 órgãos federais, mirando na integração dos órgãos públicos federais atuantes no Amazonas, uma presença rara chamou atenção: a do comandante militar da Amazônia, general Achilles Furlan Neto. A ida dele à reunião foi interpretada como um recado aos articuladores que tentam substituir o também general Algacir Polsin do comando da autarquia, para colocar ali a letróloga Luíza Deusdará.

A articulação, segundo o blog apurou, é comandada pelo deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) e conta com apoio de líderes de movimentos de direita locais.

Na mesa da reunião de ontem estavam Furlan Neto, Polsin e a superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Amazonas, Karla Bitar.

Na oportunidade, Polsin apresentou as ações que a Suframa vem desenvolvendo nos últimos meses voltadas para o desenvolvimento da região amazônica. Para ele, a idealização do encontro periódico com os representantes dos órgãos públicos federais é de suma importância para integrar esforços em prol do desenvolvimento regional. “Entendemos que a Amazônia é um verdadeiro ‘continente’. É necessário, portanto, que todo os esforços empreendidos na região sejam intensificados e unidos, e não diluídos. Por isso, um encontro como esse é muito importante. Muitas soluções e parcerias podem sair daqui”, enfatizou.

Esta é a quarta edição do encontro, sendo a segunda de forma presencial. Por conta da pandemia, as duas primeiras aconteceram de forma virtual. Nenhuma das anteriores contou com a presença da mais alta autoridade militar da região. Aliás, tradicionalmente o comandante do CMA só comparece a eventos muitos significativos fora dos limites dos quarteis.

Durante o evento, foram proferidas duas palestras. A primeira sobre a situação atual do projeto Amazônia Conectada, do Exército Brasileiro. A segunda sobre a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na preservação dos bens culturais.

Sobre o projeto que interliga digitalmente grande parte da Amazônia via cabos ópticos, o coronel Marcelo Corrêa, do departamento de ciência e tecnologia do Exército Brasileiro, enfatizou que, em setembro, foi entregue o trecho Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, com capacidade de conexão de até 100 Gigabytes por segundo.

Já a superintendente do Iphan, Karla Bitar, destacou que é preciso conciliar as visões de obras de desenvolvimento com a importância de se preservar os bens materiais, imateriais e arqueológicos, citando casos como a estrada construída no Acre em cima de geoglifos – estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas.

A próxima reunião de integração dos órgãos federais está prevista para o mês de fevereiro do ano que vem, e deve acontecer novamente na Suframa.

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