Praças só conversam agora com Amazonino e ameaçam colocar famílias para fechar quartéis no dia 15

Os praças da Polícia Militar não pretendem mais dialogar nem com o Comando da Corporação, nem com o secretário de Segurança, Bosco Saraiva (SD). A partir de agora eles estão mobilizados para forçar uma audiência com o governador Amazonino Mendes (PDT), com quem pretendem colocar a negociação em outro patamar. Se uma audiência não for marcada, eles prometem que vão repetir o que fizeram os colegas do Espírito Santo, colocando as famílias para fechar a entrada dos quartéis e paralisando o trabalho da Polícia.

Oficialmente os praças argumentam que querem as promoções ainda não efetivadas – mais de três mil, segundo eles. Também colocam como ponto de honra o cumprimento da data base e os quinquênios – acréscimo salarial a cada cinco anos de serviço. O que irritou mesmo, entretanto, foram dois outros episódios: a promoção de todos os oficiais incluídos nas atas dos últimos quatro anos e uma declaração dada por Saraiva no ultimo domingo, em entrevista a uma rádio local, quando usou uma comparação infeliz para referir-se aos praças – “na vida, não é o rabo que abana o cachorro e sim o contrário”.

Para os dirigentes das entidades que representam os soldados, cabos e sargentos, o atual Comando privilegia apenas policiais. Eles irritaram-se ainda pelo fato de terem sido impedidos de acompanhar a formatura geral de ontem, na Universidade Nilton Lns.

Por causa desses últimos contra-tempos, os praças agora querem sentar com o governador Amazonino Mendes, não mais com o comandante da PM, coronel David Brandão, nem com Saraiva. O risco que esets últimos enxergam, entretanto, está na quebra da hierarquia.

O Governo ainda não se pronunciou sobre a ameaça de paralisação.

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