Os pré-candidatos Hissa Abrahão, Marcos Rotta e Marcelo Ramos, que apareciam como os principais concorrentes do prefeito Arthur Neto na eleição deste ano, saíram da votação do impeachment com sérios problemas para confirmar o nome na urna. E a esquerda, que mobilizou-se contra o impeachment, passou a ser uma alternativa viável, se encontrar um nome de consenso capaz de manter a mobilização e reagir, nas urnas, à derrota imposta pelos “300 picaretas”.
A situação mais complicada é a de Hissa. O PDT abriu processo de expulsão dele e de outros cinco deputados que contrariaram a orientação do partido, que era a de votar contra o processo de impeachment. Isso se consumando, o deputado não será mais candidato a prefeito de Manaus. Primeiro, porque não terá se filiado a uma legenda em tempo hábil para concorrer. Segundo, porque a única possibilidade se tentar viabilizar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral seria voltar ao partido de origem, o PPS. Só que, depois de uma saída tumultuada, ele não tem mais como retornar e nem seria mais aceito pelos antigos companheiros. Seja como for, qualquer tentativa dele se se manter candidato tem muitos complicadores.
Rotta cumpriu a orientação do PMDB, mas para isso afastou-se do presidente regional da legenda, o ministro Eduardo Braga, que manteve a fidelidade à presidente. Ficou sem clima para manter a candidatura em pé.
Marcelo Ramos depende do que vai ocorrer agora com Alfredo Nascimento. O deputado contrariou a orientação do PR e renunciou ao cargo de presidente nacional da legenda. Ato contínuo, pode perder o comando regional e, dependendo de quem assuma, a pré-candidatura de Ramos pode ou não permanecer de pé.
Nesse cenário, Arthur deve perder pelo menos dois fortes concorrentes, o que renova o fôlego de sua campanha à reeleição, que parecia fadada ao fracasso.
Já a esquerda mobilizou-se como nunca antes e tem chance de construir uma candidatura forte, alicerçada pela comunidade acadêmica, pelos movimentos sociais e pelos simpatizantes do ex-presidente Lula, que não são poucos em Manaus. A dificuldade está justamente em conseguir um nome que junte todas as correntes, o que foi sempre muito difícil. Os concorrentes mais fortes viriam do PT – os deputados estaduais José Ricardo e Sinésio Campos. O primeiro tem uma dificuldade enorme de agregar, porque radicaliza nas negociações, mas tem ótima imagem e sempre se caracterizou pelo combate a corrupção. O segundo é agregador, mas tem a imagem atrelada aos sucessivos governos dos quais foi aliado nos últimos 12 anos. A unanimidade seria o ex-deputado Francisco Praciano, que teve um problema de saúde grave e está fora da vida publica.
O voto da bancada no impeachment, portanto, mudou totalmente o cenário das eleições municipais.
P.S. – Na apuração deste post, os interlocutores do blog questionaram muito sobre a possibilidade da candidatura de Eduardo Braga a prefeito. Ele, entretanto, mantém-se irredutível. Não disputará a eleição.
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Este post tem 6 comentários
Quem conhece o atual deputado federal Hyssa sabe como ele se comporta mas ninguém melhor do que o atual Prefeito Arthur Neto pode lhes dar esta receita. Tentou aparecer de todas as maneiras e só votou contra o impeachment por pura pressão de sua imaturidade agora paga um preço muito alto. Um conselho espectro de cadeirudo deixa o tempo curar o ressaca de tua asneira e tenta lá na frente a reeleição para Deputado Federal. O povo já deve ter esquecido menos o pessoal do PT, PC do B, PSDB, PDT e muitos cabos eleitorais que deixastes no porto com aquele velho vestido esperando o tempo passar para ver se sara as feridas. Eu particularmente acho que nunca vai cicatrizar.
João do Ceam.
Concordo plenamente. Quero mais é que ele se exploda. Por mim ele nunca mais será eleito nem síndico de condomínio. Fora já
Foi uma boa análise em relação à política amazonense. Só acho que o José Ricardo poderia se espelhar plenamente em Jeferson Peres que não ligava muito para aliança política e apostava todas as cartas em seu próprio nome e isso só já bastava.
o Hissa foi um frouxo embarcando na canoa do Cunha jamais será eleito sequer a vereador .
Só acho que o Ministro Eduardo braga, asism como Alfredo Nascimento, pode perder o comando do PMDB, ficando este com Marcos Rotta.
O Hissa tinha tudo pra se a alternativa porém votou com o Arthur …Já vai tarde …minha alternativa para prefeito vai ser o Negao ….volta Negao