Polícia ouve novos depoimentos no “Caso Flávio” e vai tentar prorrogar prazo do inquérito

Na próxima terça-feira (29) termina o prazo inicial de 30 dias para que a Polícia Civil remeta à Justiça o inquérito que apura as circunstâncias do assassinato do engenheiro Flavio Rodrigues dos Santos e a Polícia já trabalha com a possibilidade de pedir prorrogação. Ontem foi ouvida a primeira dama de Manaus, Elizabeth Valeiko Ribeiro, mãe de Alejandro Valeiko Molina, proprietário da casa onde estava a vítima na noite do crime, e hoje a irmã dele, Paola Molina, também foi ouvida na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Apesar de Mayc Vinícius Teixeira Parede já ter confessado a autoria do assassinato, tanto a Polícia quanto o Ministério Público, que instaurou procedimento investigatório paralelo, têm dúvidas em relação à versão dele, porque encontraram contradições nos depoimentos das seis pessoas presentes na casa do condomínio Passaredo na noite do crime.

A primeira dama confirmou que esteve na casa na noite do crime, mas negou que tenha tido qualquer contato com a vítima, que teria sido retirado do local antes de sua chegada. Ela afirmou que foi chamada pela filha, Paola, quando acompanhava o marido, prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) durante procedimento no Hospital Adventista de Manaus. Também negou que tenha determinado a ida do sargento PM Eliseu da Paz de Souza ao imóvel naquele dia.

O depoimento de Ribeiro ajudou a esclarecer o relacionamento de Molina com o cozinheiro italiano Vittório Del Gato, que seria uma espécie de tutor do rapaz. O único elemento novo que ela acrescentou foi a existência de um jovem tatuado, que seria o fornecedor de drogas para o filho. Ela também afirmou que só conversou, na noite do crime, com José Edvandro Martins de Souza Junior, que havia se escondido no banheiro assim que viu um homem entrar na casa encapuzado e usar a expressão “Cadê o dinheiro?”.

A Polícia vê contradição nos demais depoimentos. Por isso pode pedir a prorrogação das investigações. Já o Ministério Público segue outra linha, mas também duvida da versão apresentada por Parede.

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