Olhando para o próprio umbigo

Por Ronaldo Derzy Amazonas*

Nosso país atravessa um momento muito singular economicamente falando mas, é na política, onde se desenha a pior crise pois é nesse lócus da vida de qualquer país onde se trava a mãe de todas as batalhas traduzida nos interesses particulares, corporativos, partidários, paroquiais e onde a vaidade de um político pode colocar por água abaixo todos os projetos e planos de interesse nacional.

Quando eu vi Rodrigo Maia se enxerindo para continuar a comandar a Câmara Federal depois de um mandato tampão na era Temer, logo pressenti que o governo Bolsonaro atravessaria fases tempestuosas especialmente no combate à velha política onde imperavam o toma lá dá cá, os conchavos, as pressões por cargos, os apadrinhamentos e as chantagens políticas e partidárias especialmente durante as análises e votações de temas e matérias importantes para o país e para a nação brasileira.

Rodrigo Maia tem DNA político mas um DNA viciado, guloso, interesseiramente deletério para esta fase da vida do país, que requer um presidente da Câmara Federal mais ético, mais antenado com a crise brasileira e principalmente operoso em favor das mudanças e das votações de leis e emendas constitucionais que destravem o país levando-o ao equilíbrio fiscal e consequentemente ao crescimento econômico com justiça social.

Rodrigo Maia não está preocupado com o país e, seus comandados, igualmente viciados pela velha política, olham apenas para seus próprios umbigos porque sabem que ao criarem dificuldades para a uma boa governança poderão tirar proveito, no futuro, dos insucessos e percalços do atual governo.

Rodrigo Maia é falso, ele age nos porões e comanda um bando de hienas ávidas pela carniça que sobrar de um país e de um governo; Rodrigo Maia é a tradução nada elogiável do que de mais podre e atrasado há ainda na política brasileira apesar de tão jovem porém tão matreiro e inconsequente.

Aliás as casas federais do parlamento brasileiro escolheram para presidentes duas figurinhas nada recomendáveis se quisermos pensar num país próspero e seguro para se investir e viver.

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre são dois cânceres os quais precisam de um tratamento quimioterápico potente e urgente se quisermos pensar na continuidade de um governo de salvação nacional e que recoloque o país no trilho do desenvolvimento, da paz social e do equilíbrio político e econômico.

Sei que é o preço que pagamos para sustentarmos nossa jovem democracia porém, enquanto esses dois seres que comandam os poderes legislativos federais ocuparem as cadeiras e continuarem olhando apenas para seus próprios umbigos, o perigo rondará o futuro do nosso país.

Pensem nisso!

Té logo!

*O autor é farmacêutico bioquímico e diretor-presidente da Fundação Hospital Alfredo da Matta