O “Novo” ou apenas mexas descoloridas com raízes negras?

Por Ricardo Gomes*
Muito se tem discutido acerca de mudancas, não só na política em âmbito nacional e estadual, no Executivo e no Legislativo, e, mais logo ali adiante, nas Prefeituras e nas Câmaras de Vereadores, porém não noto nessa “Onda”, a inclusão dos eleitores …
Se a idéia é realmente a onda de inovação, creio que ela deve ter extensão e profundidade, porém o que vemos, na VERDADE, são retoques, afinal, se mergulharmos um palmo além da superfície, lá estarão velhos personagens e, por extensão, as velhas práticas que a demagogia inconsequentes alardeia como divorciada .
Meu meio século não me habilitar a ter convivido com movimentos políticos distantes, embora a história hoje possa ser visitadas com facilidade, mas o movimento de 1989, esse eu vivi e me lembro nitidamente, a sentimento de “Justiça Social” e a esperança de que um “faxineiro” teria surgido na política, mas, em dois anos haviam escombros onde deveriam haver castelos .
Por óbvio que, em todos os aspectos precisamos muito evoluir na Gestao Pública, acima de tudo: com mais transparência, mais controle, num Estado 4.0, mais automatizado, mais autônomo, menos prestador de serviços e mais leve, com menos Orgaos “cabide de empregos”, e de menos custo, mas essas mudanças nem ocorrem do dia pra noite e menos ainda com velhos hábitos e com os mesmos personagens que nos fazem andar em jabutis.
Precisamos refletir muito olhando a verdade que realmente existe e a que verdadeiramente está por trás do discurso ou das mensagens de marqueteiros em redes sociais .
Temos que melhorar, temos que recuperar os recursos desviados e fazê-los voltar dos patrimônios individuais, porém não podemos ser tão razos na percepção, pois, ao redor dos Cordeiros, como Guias, estão grandes lobos e velhas raposas, que, experientes, perceberam a onda, criaram personagens num país que ama novela e ficção,e vão usar o otimismo e a boa fé dos brasileiros .
Vale mais que nunca:
“Diz-me com que andas (não em público, mas no reservado) e eu te direi quem (realmente) és.”
*O autor é advogado, professor universitário e consultor