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PANDEMIA
O mundo ainda está aturdido e perdido em meio ao recrudescimento da doença e, alguns países, se fechando cada vez mais para o ir e vir de pessoas vindas de locais onde o vírus se mutou causando maiores impactos negativos sobre a vida das pessoas e dos sistemas de saúde.
A OMS, mais uma vez atuando de forma equivocada, protecionista e contemplativa em relação à China, origem e disseminadora do vírus e da doença, enviou uma comitiva de cientistas internacionais que lá atuaram de forma controlada pelas autoridades sanitárias do país de Mao e chegaram à “óbvia” conclusão em 14 itens a serem “investigados” que:

“…a investigação revelou novas informações, mas não mudou drasticamente o entendimento sobre o surto. Especialistas acreditam que o vírus possivelmente se originou em animais, antes de se espalhar para os humanos, mas eles não têm certeza de como isso teria acontecido. No ano passado, a ONU alertou que as zoonoses — como são conhecidas as doenças que passam de animais para humanos — estão aumentando e seguirão nessa tendência se não houver uma ação coordenada para proteger a vida selvagem e o meio ambiente. Na investigação feita na China, embora o trabalho tenha apontado para um “reservatório natural” em morcegos, O chefe da equipe, Embarek, disse que é improvável que isso tenha acontecido em Wuhan.A missão acredita que o vírus tenha passado dos morcegos para outro animal, e dele para humanos, em uma cadeia que ainda não foi esclarecida. O vírus, segundo essa teoria, teria chegado a Wuhan por meio de alguma comida congelada, que poderia ter vindo de fora da China.”

Como já era de se esperar, o regime comunista chinês dificultou ao máximo as inspeções sanitárias nos laboratórios e nas cidades suspeitas ora, retardando ora, escondendo informações vitais da equipe. Prova disso é a constatação da imprensa internacional como abaixo:

“A editora de saúde da BBC, Michelle Roberts, explica que era improvável que o grupo de especialistas, em sua missão com peso político, fosse capaz de identificar a origem da pandemia na China um ano após seu início. Um avanço importante, porém, é a conclusão, depois de visitar o Instituto de Virologia de Wuhan, que põe fim a uma teoria controversa de que o coronavírus teria vindo de um vazamento de laboratório ou foi feito por cientistas.”

Aqui no nosso estado, não há o menor sinal de desaceleração. Medidas inócuas e/ou frágeis vão sendo implantadas e a maioria do povo ainda não assimilou o perigo jogando um jogo que mistura roleta russa com sobrevivência.
Atualmente, experimentamos uma fase epidemiológica de estabilização no pico. O sistema hospitalar continua pressionado apesar das transferências de pacientes. Opiniões técnicas e políticas se misturam e se digladiam o que não constrói uma posição unida de enfrentamento.
IMUNIZAÇÃO 
Iniciou-se ainda que politizada, ideologizada, atabalhoada, judicializada e lenta. Não há estoques de vacinas o suficiente em função da pouca disponibilidade no mercado.
A proteção aos trabalhadores e servidores da saúde e aos mais vulneráveis foi um acerto. Precisamos acelerar imunizando as forças de segurança e as faixas etárias abaixo de 60 anos onde se enquadram a maior parte das internações e mortes.
O Brasil, nesse quesito, detém as maiores experiências, melhor domínio e resultados quando o país é chamado a combater uma doença imunoprevenível como soi ser no caso da CoVid. Desgraçadamente porém, falta o principal insumo para que o país avance e quebre recordes sobe recordes imunizando a sua gente.
VACINAS
Atualmente, no Brasil, estão disponíveis apenas duas marcas de vacinas produzidas e sintetizadas de modo bem diferentes. A Coronavac, do Laboratório chinês Sinovac, e a da Oxford, do Laboratório anglo-sueco Astra Zeneca.
A de origem Chinesa usa como metodologia de fabricação a técnica mais antiga, mais fácil, mais segura e melhor conhecida que é a do vírus inativado, ou seja, usa o próprio vírus causador da doença. Essa técnica consiste em “matar” o vírus e, após seguidos processos de produção, injetar esse vírus inteiro (sem capacidade de replicação, portanto, sem perigo de causar a doença) no ser humano a fim de que ele suscite no organismo a produção de anticorpos. É o mesmo método de produção por exemplo, usado nas vacinas contra hepatite e gripe.
A vacina inglesa foi concebida a partir de um processo  de sintetização mais avançado porém, mais complicada e desconhecido, denominada vetor viral não replicante. Consiste em usar um vírus já conhecido como vetor(no caso lançou-se mão de um adenovírus de macaco),altear esse vírus geneticamente para que não se multiplique e, introduzindo nele, partes do coronavírus causador da CoVid para depois injetá-lo no ser humano a fim de que produza nestes os anticorpos.
Vantagens das vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil: podem usar a rede de armazenamento disponível no SUS pois suportam temperaturas entre 2 e 8 graus positivos. Laboratórios brasileiros(Fiocruz e Butantã)já dominam as técnicas de reprodutibilidade, armazenamento e produção de ambas. São mais baratas que as outras disponíveis no mercado e estão liberadas pela ANVISA.
Dependendo da eficácia, provada na Fase 3 em que se verifica o percentual de imunidade que a vacina é capaz de provocar, o fabricante determina quantas doses serão necessárias para proteger o paciente.
De todas as vacinas atualmente produzidas no mundo todas estão sendo aplicadas em duas doses que se complementam variando,entretanto, o espaço de tempo entre uma dose e outra.
No caso da Coronavac, como ela tem uma eficácia de pouco mais de 50%, esse intervalo entre as doses é menor e varia de 21 a 30 dias. Já o imunobiológico da Oxford que possui uma eficácia que varia de 78 a 90%, o intervalo vai de 45 a 90 dias.
Do mesmo modo que há, entre os imunizantes que estão sendo aplicados, um intervalo de tempo entre as doses em função da eficácia de cada um, igualmente o tempo para surtir efeito no organismo é diferente posto que os imunizantes levam determinado período para a produção de anticorpos.
O fabricante da Coronavac declara que o início produção de anticorpos se dá a partir de 14 dias após a segunda dose sendo alcançado o máximo efeito(produção de anticorpos) aos 28 dias.
Não tenho informações a respeito desse prazo sobre a vacina da Oxford.
Necessário se faz enfatizar que nenhum dos imunizantes disponíveis asseguram proteção plena para todos os vacinados mesmo após a segunda dose e o intervalo decorrido para a produção de anticorpos.
O certo é que, mesmo imunizados, alguns pacientes poderão desenvolver a doença ainda que mais leve ou moderada.
Nesse sentido, mesmo após a vacinação, há necessidade da manutenção dos cuidados de proteção individual e coletiva tais como uso de máscaras, de álcool em gel, distanciamento social, até que, no mínimo, 80% de toda a população esteja coberta pela vacina quando então o vírus estará sob controle ainda que produzindo surtos da doença aqui ou acolá como acontece com muitas outras síndromes gripais sujeita a vacinação em massa.
É quase certo que a vacina contra a CoVid19 deverá se transformar numa imunização permanente em intervalo de tempo ainda a ser definido dependendo do comportamento da pandemia.
VARIANTES 
O planeta se viu perplexo ante o avassalador surgimento das variantes do vírus causador da CoVid.
Quando um novo vírus é identificado e sequenciado geneticamente essa descoberta fica disponível em uma plataforma de vigilância genômica compartillhada on line denominada Gisaid. Não foi diferente com o CoVid19!
Se um cientista em algum lugar do planeta com acesso a essa plataforma identificar qualquer modificação por menor que seja na carga genética do vírus, essa alteração, conhecida como “variante, cepa ou linhagem”, é imediatamente inserida nesse sistema mundial de informações de sequenciamento genético passando, com validação, a ser reconhecido como nova variante. Para piorar a situação uma mesma variante pode apresentar diferentes mutações.
As variantes virais do novo coronavírus (mais de 200 catalogadas no planeta sendo apenas seis as mais preocupantes) são uma forma de evolução, defesa ou de debilidade do microorganismo ante a competência imunológica humana, a agressão dos fármacos ou até mesmo da vacina.
Uma variante pode apresentar perigo, quando tem maior poder de disseminação(rapidamente infectar parcela significativa da população)o que está provado no Reino Unido, na África do Sul e no Amazonas; quando adquirir maior virulência(capacidade de causar maiores danos ao organismo inclusive a morte fator este ainda sendo analisado para posterior comprovação ou não); quando denotar maior resistência aos tratamentos(ainda que não haja droga antiviral disponível) e poder de driblar as vacinas que estão sendo aplicadas atualmente o que seria uma catástrofe de dimensões planetárias. Oremos!
Estudos analíticos e de acompanhamento epidemiológico já atestam que a vacina Coronavac como todas aquelas produzidas a partir de vírus atenuado, conseguem alcançar as atuais variantes virais surgidas. Em menor grau a vacina da Oxford também tem essa capacidade. Preocupa o fato de sabermos até quando, uma vacina em uso, resiste a tantas formas de “transformismo” viral. Oremos!
As principais empresas farmacêuticas envolvidas nos estudos e na produção de imunobiológicos já estão antevendo uma possível resistência viral e se preparando para modificar as atuais vacinas adequando-as ao avanço das imposto pelas variantes.
TRATAMENTO 
Ainda é muito cedo para que estudiosos e institutos farmacológicos de pesquisa descubram uma droga ou associação de drogas capazes de neutralizar a multiplicação, os efeitos e os danos provocados pelo CoVid19 no organismo humano.
Tem-se como fato e melhor exemplo, o tratamento a que são submetidos até hoje os portadores de HIV com o denominado coquetel de drogas as quais apenas atenuam os danos acusados pelo vírus sem entretanto, debelarem a doença ou matar o agente causal entretanto, conferir melhor qualidade de vida aos portadores do mal.
Drogas, misturas, poções, chás, remédios e toda forma de tratamento milagroso, estão sendo postos no mercado e, de certa forma, atraindo a atenção dos incautos. Não passam de panaceias pra inglês ver!
DOENÇA e SEQUELAS
O que se sabe é que pouco se sabe sobre o vírus e suas consequências desastrosas para o organismo humano!
Costumo dizer que as ciências fármacobiológica e da saúde não dominam ou ainda não compreendem nem 1% de todos as origens, fatores e causas em torno do vírus chinês e os danos que este pode provocar.
Entretanto, provado e sustentado está, que a CoVid é capaz de deixar sequelas passageiras ou permanentes em pelo menos 70% dos acometidos pela doença. Estas sequelas estão distribuídas entre aquelas de cunhos físicos e emocionais que vão desde uma depressão, pânico, alteração do humor, fadiga, lesões musculares, danos hepáticos, renais, respiratórios, circulatórios, dermatológicos e motores. Credo!
ECONOMIA
As maiores potências econômicas mundiais já admitem a criação de pacotes emergenciais de ajuda às empresas para manutenção dos empregos e, alguns outros países como o próprio Brasil, já iniciaram e pretendem manter, auxílios financeiros aos mais vulneráveis.
O certo é que trilhões de dólares, euros, yenes, libras, reais, xelins, bolívares, francos, yuhans, pesos, liras e até as criptomoedas, estão sendo investidos nas economias dos países mais atingidos, a fim de mitigarem os impactos ou aplacarem os desastres sociais, econômicos e sanitários impostos pela doença.
Depois dessa pandemia e a exemplo das anteriores, o mundo jamais será o mesmo e, nas próximas décadas, os governantes mais sensíveis, honestos e sábios haverão de lançar olhares, ações e programas que invistam melhor os recursos disponíveis nas estruturas de saúde especialmente as públicas, como forma de prepararem os países, estados e cidades para o enfrentamento de doenças e seus agravos independentemente do grau de amplitude destas por sobre a população.
Quem assim não agir será inapelavelmente cobrado pela história.
Desafortunadamente já há candidatos para isso e nem precisa furar a fila.
Té logo!