MP-AM investiga atos de ex-diretores da Afeam, depois que eles deixaram de atender questionamentos do TCE

A Assembleia Legislativa pode não ter instalado a CPI, mas o Ministério Público está investigando os atos denunciados contra ex-diretores da Agência de Fomento do Estado, acusados de gestão temerária pelo Tribunal de Contas do Estado.

Atendendo a uma representação do Ministério Público de Contas (MPC), o presidente do Tribunal de Contas do Amazonas, conselheiro Ari Moutinho Júnior, determinou, em fevereiro, o bloqueio de bens do diretor-presidente da Agência de Fomento do Estado do Amazonas S.A (Afeam), Evandor Geber Filho, e do diretor de crédito do órgão, Marcos Paulo do Vale, e de outros quatro funcionários da pasta, entre eles o auditor de Risco da Afeam, Alan Douglas Azevedo de Farias, por investimentos milionários de alto risco para o Estado.

Em sua representação, o procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida, alega que os envolvidos aplicaram R$ 20 milhões em cotas do Fundo de Investimento de Participações Expert (Fip Expert), que por sua vez reaplicou o valor, pertencente aos cofres públicos do Estado, na empresa de transportes de valores TransExpert Vigilância e Transportes de Valores, com sede no Rio de Janeiro, cujos sócios possuem restrições nos órgãos de proteção de crédito por inúmeras inadimplências de diversos valores consideráveis, sem falar que a mesma empresa teve sua autorização de funcionamento cancelada pela Polícia Federal.

Há informações que alguns ex-diretores já mandaram advogados sondar os promotores no sentido de saber se poderiam negociar delação premiada.

Veja a portaria do promotor Edilson Queiroz Martins:

 

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