Ministério Público já investiga obras comandadas por Nair Blair em Rio Preto da Eva

Trabalhadores das obras de reforma das escolas de Rio Preto da Eva procuraram o Ministério Público para relatar que trabalham para a empresa GNV da Amazônia e que estão sem receber salários. A denúncia levou a diligências nos canteiros, onde os operários responsabilizaram uma certa “dona Nair”, a mesma que aparece na foto acima, à esquerda, inaugurando uma dessas escolas, ao lado do prefeito Anderson Souza. Trata-se de Nair Queiroz Blair, atual companheira do vice-prefeito Neto do Baixo Rio e pivô do escândalo que levou á cassação o governador José Melo e seu vice, Henrique Oliveira.

O blog tentou, sem êxito, saber como Nair ganhou obras sem ter oficialmente qualquer contrato. Não encontramos explicações nem na Prefeitura, nem na Secretaria de Educação, nem o Setor de Licitação e Contratos do município. E como a empresa dela, outras também estão na mesma situação, aproveitando-se da decretação de emergência por parte do prefeito Anderson Souza.

Outro problema de Nair é que ela está sob regras do sursis, entre as quais, a de não se afastar de Manaus, por conta de condenações na Justiça Federal. No entanto, reside e passa 24 horas do dia em Rio Preto da Eva, ao que se sabe sem autorização judicial.

Nair responde à vários processos trabalhistas, outros tantos por dívidas pessoais ou empresariais, o rumoroso caso eleitoral eleitoral que levou à cassação de Melo e já foi condenados condenada no Tribunal de Contas da União por má gestão de recursos públicos federais.

Sua única empresa no Amazonas é a GNV da Amazônia, que não tem construção civil nos seus objetos, mas realizou estas obras em Rio Preto.

Curioso é o fato de que vários personagens que deveriam gerir e fiscalizar as obras das escolas, segundo apuração preliminar do Ministério Público, já têm históricos de má gestão de recursos públicos federais e improbidade administrativa, conforme é possível comprovar nos sites da Justiça Federal e do Tribunal de Contas da União.

Nas diligências que fez, o Ministério Público constatou que não haviam placas nas obras informando a data do início e do fim, o valor da reforma, o número do processo licitatório e do contrato, o nome da empresa vencedora e o valor de cada contrato, bem como o nome do responsável Técnico e pela Fiscalização. Pior: nenhuma obra possuía placa de Alvará de Licenciamento ou do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.

A partir de agora, com o grupo de Nair Blair em Rio Preto, o município atrai duas coisas: uma publicidade enorme, só que negativa, e os holofotes da Polícia Federal; e já há que trabalhe fortemente com a possibilidade de um grampo gigantesco sobre todo primeiro escalão da Administração Municipal.

A única resposta que o blog obteve foi um pequeno texto da assessoria pessoal do prefeito, afirmando que Nair não tem participação na administração nem em obras municipais.

Ela respondeu por meio de uma entrevista a uma página em rede social, negando tudo e se dizendo vítima de um grande complô.

As imagens, os documentos e as diligência do Ministério Público, entretanto, falam por si. E os processos existentes no nome dela em vários Tribunais idem.

 

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