A falência da saúde no Estado vem refletindo diretamente no município de Maués há cerca de dois anos. A situação pode ficar ainda pior com o decreto de emergência do Governador José Melo, feito ontem, 31 de agosto.
Um dos maiores exemplos é a falta de medicamento que o Estado deixou de enviar para o Hospital. Há cerca de quatro meses que os pedidos feitos para a Central de Medicamentos do Amazonas- CEMA, não chegam ao município. O último pedido foi feito no dia 29 de agosto sem resposta.
A Secretária Executiva Municipal de Saúde Elis Caldas Mafra, relata que até colchões foram negados pelo Estado para atender a demanda do Hospital.
“Os colchões estão lá dentro do almoxarifado, mas fomos impedidos de trazer por ordem do governador” relata. Ela vai mais além e afirma que a Prefeitura está improvisando Utis móveis para remover os pacientes.
“Na semana passada tivemos dificuldades com três pessoas, não conseguimos UTis do Estado para a remoção. Tivemos que fretar aeronaves e improvisar com médicos e equipe técnica pra remover os pacientes, infelizmente um veio a falecer. Se tivéssemos sido atendidos pelo Estado esse paciente não teria ido a óbito”, destaca.
Ao abandonar a saúde do município o Estado levou também seus funcionários. “Quando deixou o apoio a saúde de Maués, levou pessoal e os médicos. Hoje o Estado contribui apenas com a folha de pagamento, mas os funcionários sumiram, a maioria está de licença médica.
Até a internet do hospital foi cortada por falta de pagamento impedindo o envio de laudos de mamografia e cardiologia, com o apoio da Prefeitura o sistema voltou a funcionar.
Elis enfatiza que apesar de todas as dificuldades, a Prefeitura mantém o Hospital e as Ubs funcionando com atendimento de médicos cubanos do programa Mais Médicos que desafogaram o atendimento no hospital. Outro programa que deu certo é Saúde no Bairro.
A Prefeitura é que mantém o Hospital com pessoal e 8 médicos”, informou. Alimentação, limpeza, manutenção de equipamentos e veículos é feito também pelo município. Elis esta em Manaus na tentativa de solucionar parte dos problemas que afetam diretamente a população.
O município utiliza 15% da arrecadação previsto em lei, mas investe muito mais que isso com recursos próprios que ultrapassam R$ 600 mil com material de consumo, medicamentos e correlatos, insumos laboratoriais gêneros alimentícios e expediente.
Representantes de Maués de braços cruzados
Em Maués, José Melo tem dois representantes políticos, o deputado Sidney Leite (PROS) hoje Secretário de Produção e o ex-deputado Alfredo Almeida (PSD) que também viraram as costas para o povo de Maués e voltaram agora no período eleitoral, prometendo resolver o problema da saúde.
Leite e Almeida não apoiaram a população nos últimos quatro anos. Nenhum recurso ou investimento do Estado foram viabilizados por eles para atender a demanda da população.
Foto: Giovanni Rodrigues
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