Marcos Rotta anuncia que CPI do BNDES teve prazo prorrogado até o dia 25 de fevereiro

rotta na comissão

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contratos e financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi prorrogada até 25 de fevereiro. A mudança no prazo foi anunciada pelo presidente da CPI, deputado federal Marcos Rotta (PMDB-AM), nesta terça-feira (16), durante a audiência destinada a leitura do parecer do relator, deputado José Rocha (PR-BA).

A nova data é fruto de uma negociação com a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e tem como objetivo garantir o debate amplo e aprofundado do relatório. “Além do relatório ser extenso e muito técnico, na próxima quinta (18) haverá sessão no Congresso Nacional, o que poderia impedir a votação”, detalhou o presidente da CPI.

Após o anúncio da mudança de prazo e a consideração de parlamentares, Rotta passou a palavra ao relator, para a leitura do parecer. “O futuro da Comissão está nas mãos de Vossa Excelência”, ressaltou o presidente.

Após mais de três horas de leitura, parlamentares pediram vista conjunta, adiando a próxima audiência da CPI por duas sessões.

Documento –
No relatório de 247 páginas, disponível na página da Comissão na internet, não há sugestão de indiciamento da esposa do governador de Minas Gerais, Carolina Pimentel, e do presidente do Banco, Luciano Coutinho, conforme sugeriu o relatório setorial do parlamentar Alexandre Baldy (PSDB-GO).

Três dos quatro sub-relatórios apontam ainda irregularidades, como tráfico de influência e favorecimento de empresas. Rocha sugere mudanças na gestão do Banco e no marco legal, com o objetivo de tornar a instituição mais transparente e garantir maior fiscalização das operações.

O relator propõe a disponibilização dos documentos em poder da CPI ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Ministério Público da União (MPU) e à Controladoria Geral da União (CGU).

Histórico – A CPI do BNDES iniciou efetivamente suas atividades em 11 de agosto do ano passado. Desde então, realizou mais de 30 reuniões, ouviu mais de 20 testemunhas e convidados, reuniu mais de 14 milhões de páginas de documentos, além de 205 requerimentos aprovados.

Entre os ouvidos pela CPI, estão o ex-gerente de serviços da Petrobras e o ex-diretor da Sete Brasil, Pedro Barusco Filho; o empresário e amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai; o empresário Eike Batista; o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; o diretor da Usiminas, Rômel Erwin de Souza; o presidente do Conselho de Administração da empresa, Marcelo Gasparino da Silva; o presidente da LBR Lácteos do Brasil, Nelson Sampaio; o ex-ministro Guido Mantega; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

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