Mais de três mil mulheres recorreram à rede de proteção do Estado este ano

A rede de atendimento e proteção destinada a mulheres vítimas de violência coordenada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), atendeu mais de 3 mil mulheres em 2019 no estado. Os números são referentes ao período entre janeiro e setembro deste ano.

Os atendimentos são feitos pelo Serviço de Apoio Emergencial a Mulher (Sapem), que oferece orientação social, acompanhamento psicológico, jurídico e condução da vítima para exames no Instituto Médico Legal, além da busca de pertences e acolhimento provisório.

De janeiro a setembro, o Sapem registrou um total de 3.055 atendimentos. Apenas em julho e agosto deste ano, foram 835 mulheres atendidas – a maioria no sétimo mês do ano. “Esses números são muito significativos e mostram que as mulheres têm denunciado mais a violência doméstica. Ainda assim, o processo de acompanhamento e recuperação delas deve ser feito com muita sensibilidade. Aqui no Sapem contamos com esse cuidado, com profissionais de várias áreas. A mulher deve entender que ela não é a culpada e que ela pode se empoderar para viver fora dessa relação abusiva”, destacou a titular da Sejusc, Caroline Braz.

Como denunciar – O Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem) está localizado na avenida Mário Ypiranga Monteiro, atrás da Delegacia da Mulher, no Parque 10, e o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) fica na avenida Presidente Kennedy, bairro Educandos. Além disso, as vítimas podem realizar denúncias em qualquer Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), na avenida Mário Ypiranga, no Parque 10, e na Delegacia na Mulher, anexa ao 13º DIP.

Já o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) é a porta de saída de serviços e oferece atendimento social, psicológico, com encaminhamento para benefícios sociais. O Cream articula com os outros programas, como o Núcleo de Atendimento a Mulher, da Defensoria Pública de Estado, com o Juizado de combate à violência contra a Mulher e Núcleo do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).

A Sejusc destaca também que as denúncias de violência doméstica podem ser realizadas pelo disque 190 e pelos números 180 e 181.

As vítimas de casos mais graves também podem usar o aplicativo Alerta Mulher. Na ferramenta, a polícia é acionada assim que a pessoa aciona o botão de emergência.

Incentivo à independência – Nesta gestão, a Sejusc está trabalhando a política de prevenção a casos de violência doméstica, com foco no incentivo e empoderamento de mulheres, além da capacitação das Redes de Atendimento às Vítimas de Violência no interior.

Em Itacoatiara, o órgão inaugurou em junho a primeira unidade do Serviço de Apoio a Mulheres, Idosos e Crianças (Samic), com atendimento social e psicólogo.

No primeiro semestre, equipes do órgão estiveram nos municípios de Itapiranga, Parintins, Itacoatiara e Iranduba com ações educativas e capacitação da rede de atendimento.

A previsão é que novas unidades do Samic sejam inauguradas até o fim do ano.

FOTO: Bruno Zanardo

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