Ivermectina 

É fato que a terrível pandemia que ainda nos assola matando muita gente e enlutando famílias, igualmente também oportuniza chances em inúmeros sentidos, nichos e cenários os mais variados possíveis e não só do ponto de vista dos negócios empresariais e individuais, da gestão pública, na economia governamental, nas relações humanas, na geopolítica nas diferentes esferas bi ou multilaterais, etc.
Porém, é nas ciências e na gestão da saúde, nas relações e nos cuidados com os enfermos, na terapêutica em geral e na busca por medidas preventivas por meio de imunobiológicos, que a busca incessante por saídas e avanços são mais nitidamente sentidos.
E, dentre todos esses componentes expostos, dois produtos devem se situar no topo das preocupações e da perseguição técnica e científica no enfrentamento ao vírus chinês e suas terríveis consequências no organismo humano: a vacina e o medicamento eficazes.
Altíssimos investimentos públicos e privados isoladamente ou em parceria, estão sendo realizados, inúmeras empresas farmacêuticas travam uma corrida científica e econômica sem igual e, governos correm contra o tempo, todos em quase uníssono numa obsessiva tentativa da primazia pelo encontro da imunidade ou do tratamento contra o coronavírus.
A vacina já está em testes em humanos incluindo brasileiros e ainda este ano poderá estar sendo aplicada em massa.
Dentre os diversos medicamentos tidos e havidos como soluções imediatas e imediatistas sendo administrados aos doentes, um já foi condenado em meio a uma inconsequente guerra ideológica; existem outros antigos que agem como adjuvantes na terapêutica contra alguns efeitos do vírus no organismo e, no fim da lista, uma droga nova supostamente eficaz porém caríssima e por isso mesmo ao alcance apenas de poucos.
Em meio todas essas tentativas de erros e acertos, uma droga tem chamado atenção da comunidade científica e da saúde em geral seja pela sua simplicidade farmacológica, seja pelos baixíssimos paraefeitos, seja pelo seu longo e promissor uso e eficácia a que se propõe nas indicações atuais, seja pelo baixo custo ou pela ampla aplicabilidade e testagem em humanos ao longo de décadas.
A Ivermectina é um fármaco da classe das avermectinas descoberto em 1975 e lançada no mercado a partir de 1981, ou seja, com quase 40 anos de uso em animais e humanos. Ela integra a lista de medicamentos essenciais da OMS(classe dos medicamentos mais seguros, eficazes e fundamentais para o sistema de saúde), inclusive aprovado pelo rigoroso instituto americano que libera o uso de drogas e alimentos o famoso FDA.
Sua utilização já foi objeto da concessão de Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina a dois cientistas pelo estudo e comprovação da terapia contra doenças parasitárias linfáticas que causam cegueira.
É uma droga largamente aplicada no tratamento de parasitas intestinais e da pele(vermes e piolhos) tanto por via oral como externa. Possui efeito antiviral comprovado in vitro ao atuar bioquimicamente impedindo a replicação do vírus.
Os dermatologistas da Fundação Alfredo da Matta já a prescrevem há mais de 20 anos contra afecções da pele causadas por piolhos(sarna, escabiose) e até para parasitoses intestinais, tudo com muita segurança, eficácia e quase sem efeitos colaterais.
Atualmente a Ivermectina desponta definitivamente como fármaco promissor no combate ao coronavírus não somente pelo seu efeito antiviral in vitro confirmado por estudos realizados na Universidade de Monash na Austrália mas, sobretudo, pelos ensaios e hipóteses da sua administração profilática, ou seja, seu uso de modo preventivo.
Uma das maiores autoridades da medicina no Brasil no estudo da Ivermectina, Dra Lucy Kerr diretora do Instituto Kerr de Ensino e Pesquisa, em recente aula dirigida a profissionais da saúde, (clique aqui e veja) discorreu sobre o uso dessa droga como medida preventiva e profilática ao analisar o acompanhamento de 87 pacientes mentais internados em um hospital psiquiátrico no Ceará que tomavam a Ivermectina de rotina para combater a infestação de piolhos causadores de escabiose e sarna no mesmo período da epidemia de Chikunguia e, “evidências observacionais” comprovaram, que a totalidade desse grupo de pacientes quedou-se “imune” ao vírus causador dessa doença mesmo em meio a muitos técnicos e profissionais que os tratavam os quais adoeceram.
Diz a Dra Kerr que “de um grupo de 587 médicos participantes dos estudos e da aplicabilidade da Ivermectina no tratamento contra a CoVid19, todos os que tomaram esse medicamento de maneira profilática, nenhum deles adoeceu mesmo tendo no seu entorno familiares doentes.”
A Dra Kerr lança estudos e acompanhamentos similares realizados em hospitais de Belém e em países como Peru, Bolívia, Trinidade e Tobago e Austrália.
Entretanto, é a partir de evidências observacionais realizadas no continente africano, que vêm as mais promissoras notícias sobre o uso da Ivermectina como medida preventiva e profilática no enfrentamento à CoVid19.
Relata a Dra Kerr em sua aula, que na África com mais de 1,2 bilhões de habitantes, até o início do mês de junho, haviam sido registrados 55.000 casos e 3.600 mortes.
Num dos países mais pobres da África, a Etiópia, com pouco mais de 110 milhões de habitantes, sem água potável, sem saneamento básico, sem educação, pobre, desnutrido, em guerra civil constante e sem adoção de medidas de controle e prevenção contra o coronavírus e sem fechamento das suas fronteiras, até o final de maio eram apenas 731 casos de CoVid19.
São populações quase que 100% negras e daí poderia derivar uma possível explicação para certa imunidade ao vírus chinês. Ocorre, diz a Dra Kerr, que a população negra americana é a mais atingida pela pandemia, logo, a questão racial estaria descartada como possível proteção.
Então, de onde vem a explicação para que a pandemia tenha sido um fiasco no continente africano?
A África, há séculos, sofre de endemias e epidemias causadas por vermes e parasitas(malária, filarioses, piolhos, sarna, etc.) além daquelas igualmente antigas e atuais  transmitidas por inúmeros vetores muito próprios de lá e, autoridades sanitárias locais e internacionais, vem desenvolvendo esforços e investindo pesado no combate a essas enfermidades.
Diante desse quadro nosológico e epidemiológico graves, veio a necessidade de se tratar a população e essas doenças de modo preventivo e profilático. E é aí que entra a Ivermectina!
Afirma a Dra Kerr que cumulativamente entre 1997 e 2011, mais de 600 milhões de africanos tomaram a Ivermectina no combate às verminoses e ectoparasitoses o que poderia estar relacionado com uma possível profilaxia contra o coronavírus.
São hipóteses, porém, com fartas evidências observacionais que precisam ser comprovadas e para isso, o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil vai publicar os resultados do uso da Ivermectina após a aplicabilidade da droga em pacientes com CoVid em diversas unidades de saúde espalhadas pelo país o que esperamos que comprove sua eficácia não só de modo curativo como igualmente preventivo e profilático como na África.
De minha parte, como farmacêutico, epidemiologista e observador dos cenários que se circunscrevem à evolução dos avanços no tratamento e no combate à pandemia, já faço uso junto com familiares há três meses, de Ivermectina em doses mensais, até que a pandemia seja declarada extinta pelos organismos nacionais e internacionais que cobrem e fornecem informações seguras a respeito dessa cruel doença.
Em meio às crises surgem as oportunidades todas igualmente tocadas pelo dedo de Deus que a tudo permite.Vai dar certo!
Té logo!