Iolane Machado manda mensagem ao blog contestando acusações contra ela

A gestora Iolane Machado enviou mensagem ao blog em que contesta as denúncias feitas contra ela no Ministério Público, no Tribunal de Contas e o processo movido pelo banco HSBC, que lhe impediu se assumir a presidência da Agência de Fomento do Estado. Segundo ela, todas as investigações foram arquivadas. “Qualquer um pode denunciar, a única diferença é provarmos nossa inocência”, diz ela.

Mesmo sem ter assumido oficialmente o cargo para o qual foi indicada na AFEAM, ela defende a dispensa de licitação para digitalização dos processos do órgão, condenada pelo governador eleito, Wilson Lima (PSC). “O contrato é um valor estimativo (para lhe explicar, é pago contra prestação), no máximo a ser desembolsado este ano seria R$ 900 mil, Há um cronograma físico e financeiro, que com certeza será feito em bem mais de um ano, mas se a próxima gestão não quiser controle, não quiser trazer a instituição para o século 21 é a opção de cada um”, argumenta. Nega ainda que o valor corresponda a 10% do orçamento total do órgão para 2019.

Ela ainda faz críticas à própria AFEAM. “Essa instituição sequer tem sistema de protocolo, sequer tem sistema de patrimônio, sequer tem número de processo, mas é natural para quem quer burlar o erário. Graças a Deus que o Ministério Público tomou as rédeas da situação. A AFEAM tem bons funcionários e a eles que devemos resguardar, é por eles que alguma coisa precisa ser feita, e não por esse outro grupo que perdura há anos, com tantos desmandos”, afirma.

Ainda segundo Iolane, não foi o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) que a demitiu do Manausprev no segundo ano de sua gestão. “Fui eu mesma que pedi demissão. Engana-se quem diz que a reformulação foi feita após minha saída. Foi exatamente na nossa gestão que o então Presidente Edson Fernandes fez a edição da Lei e transformou a Manausprev em autarquia. Foi na nossa gestão que o concurso, nunca antes feito, foi todo contratado, edital lançado e deixado somente para a outra gestão a conclusão”, afirma.

Em relação à representação apresentada ao TCE-AM e ao MPE pelo ex-vereador Professor Bibiano (Avante), ela diz que foi arquivada porque o cargo que ela acumulava, de presidente do Comitê de Investimento, estava previsto na Lei “que ele mesmo votou”, e não existia remuneração.

Iolane nega que esteja tentando fazer confusão na transição. “Estamos apenas exercendo o nosso dever. O ser humano peca pela ação e pela omissão. Tenho a consciência tranquila do dever cumprido”, diz ela, afirmando ainda que sequer conhece o ex-presidente e futuro secretário de Fazenda, Alex Del Giglio. “Infelizmente estão querendo encobrir os problemas que a anos existem na agência de fomento”, ataca. “Estamos em um novo Brasil, onde espero em Deus os valores sejam revistos, e fazer o certo sempre será fazer o certo”, filosofa.

A gestora negou ainda que tenha exercido funções por causa do parentesco com o presidente de honra do PDT, Stones da Costa Machado. “Ser irmã dele é uma honra, não um demérito, assim como também sou irmã do Jose Alberto Machado, profundo conhecedor do nosso Estado e grande estudioso da economia. “Fui diretora do Alfredo da Matta sem indicação. E quando estava como diretora na SMTU nem do PDT nosso governador Amazonino Mendes era”, conclui.

Iolane não comentou na mensagem as acusações de ter feito lobby para o fundo FIP Express, envolvido em escândalos tanto na AFEAM quando no governo do Rio de Janeiro, na época do governador Sérgio Cabral (MDB), hoje preso, nem explicou por que o Banco Central não aceitou a indicação de seu nome para presidir o órgão. Também não encaminhou nenhum documento ao blog.

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