O Amazonas está entre os 15 Estados brasileiros que foram considerados pouco eficientes ou ineficientes no Ranking de Eficiência dos Estados, divulgado ontem pelo jornal Folha de São Paulo. Infraestrutura e saúde foram as categorias que obtiveram as piores avaliações, colocando o Estado em 19º lugar.

O estudo leva em conta seis setores. O Amazonas tem nas finanças sua melhor nota, 0,721. A segurança bateu 0,672. Educação teve 0,493. As menores média são a da receita per capita, com 0,291; saúde com 0,243 e infraestrutura, com 0,166.

O ranking considera dados de 2015, 2016 e 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de fontes como o Conselho Federal de Medicina (CFM), Confederação Nacional dos Transportes, Ministério da Educação, Ipea, entre outras fontes. Indicadores como mortalidade infantil, homicídios, número de médicos por habitantes, de jovens matriculados na rede pública de ensino, entre outros, também foram considerados, além dos investimentos em cada uma das áreas analisadas.

O estudo ainda revela que o Amazonas está com 47,10% da sua receita corrente líquida comprometida com o pagamento de pessoal. O limite prudencial é de 46,55% e o máximo de 49%, segundo o último relatório quadrimestral do Tesouro Nacional.

A Folha mostra que, se contabilizados os funcionários do Legislativo e do Judiciário, o Estado chega a comprometer 56%, perto do máximo, que é de 60%.

Segundo a Folha, o desempenho na saúde é o que mais explica a variabilidade dos dados, em especial, no que diz respeito à mortalidade infantil. As mortes são mais frequentes em estados com número de médicos reduzido, pouco saneamento básico e educação com baixa qualidade, baixa participação do setor de serviços no PIB (Produto Interno Bruto) e alto comprometimento da receita com funcionalismo e legislativo locais.