Industriais amazonenses estão aflitos com a reforma tributária, mas senador diz que não será votada agora

O senador Omar Aziz (PSD), que preside a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, disse agora há pouco, em videoconferência com os principais líderes empresariais da indústria amazonense e com a maior parte da bancada federal do Estado, que a pandemia da Covid-19 não permite que se vote agora a reforma tributária. Foi um alento para os empresários, que estão aflitos com propostas apresentadas pelo Ministério da Economia para reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados em todo país, o que seria muito ruim para a Zona Franca de Manaus.

“Todo dia temos uma novidade que só atrapalha a economia. Não temos clima para votar uma reforma tributária nesse momento”, disse Aziz, referindo-se princialmente às turbulências políticas. Ele também fez um apelo pela união entre a bancada e os empresários. “Nós temos que nos unir tanto para preservar as vantagens comparativas que Zona Franca tem, mas também trazer novos segmentos para o nosso parque industrial. A responsabilidade é nossa, dos três senadores do Amazonas, dos oito deputados federais, do governador e dos prefeitos, juntamente com as entidades patronais e sindicais”, afirmou.

Um trabalho mais alinhado e compartilhado para ações de médio e longo prazos, para a ampliação das atividades econômicas e melhorias de gestão do modelo Zona Franca no Estado do Amazonas, onde será convidado a participar o Governo Federal, empresários, sociedade civil, academia e parlamentares foi o principal encaminhamento sugerido durante a videoconferência, que valeu como a 83ª reunião do Coselho Superior do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, comandado pelo empresário Luiz Augusto Barreto Rocha, também condutor da reunião.

“Absolutamente tudo passa obrigatoriamente pelo legislativo e notamos que nossas demandas e interesses são comuns”, disse Rocha.

Ao debater a “Agenda Legislativa Emergencial Pós Pandemia Covid-10”, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Junior, colocou o dedo na ferida. “O Governo Federal ratifica constantemente seu propósito de reduzir o imposto de importação dos produtos fabricados no Brasil. É um propósito totalmente diferente dos outros países do mundo, que neste momento de crise econômica mundial buscam proteger suas indústrias. O Ministério da Economia diz que permitir a entrada de produtos importados mais baratos é uma forma de aquecer essa economia. É uma conta que não fecha, ao nosso ver”, afirmou.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas Ciclomotores Motonetas Bicicletas e Similares (Abraciclo) monitora mais de 350 projetos de lei que impactam diretamente os negócios de bicicletas e motocicletas, informou o presidente executivo da entidade nacional, Marcos Fermanian. “A pauta mais preocupante que está em curso é a reforma tributária , disse ele.

Clicando aqui você pode ter acesso à agenda legislativa dos industriais, por meio da qual eles acompanham os projetos em andamento no Congresso Nacional.

A reunião de hoje mostrou que as entidades representativas do setor industrial do Amazonas estão unidas.  Participaram ainda o presidente da Federação das Indústrias do Estado e o presidente do Centro da Indústria do Estado, Wilson Périco.

Além do senador Omar Aziz, coordenador da bancada amazonense no Congresso Nacional, participaram os deputados federais Átila Lins (Progressistas), Bosco Saraiva (solidariedade), José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PL), Sidney Leite (PSD) e Capitão Alberto Neto (Republicanos).  Assessores representaram os senadores Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB). Apenas os deputados Delegado Pablo (PSL) e Silas Câmara (Republicanos) não compareceram nem mandaram representante.

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