Hissa votou contra a polêmica PEC 241, que reduz os gastos do governo federal

O deputado federal Hissa Abrahão (PDT-AM) justificou na tarde desta terça-feira (25) o motivo de ter votado, em segundo turno, contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16, que, se aprovada no Congresso Nacional, vai estabelecer um limite para os gastos federais pelos próximos 20 anos.

“Essa é a votação que define. Quem é contrário à qualquer iniciativa do governo desde o início, tem o seu direito. Mas, entendo que essa postura não permite corrigir o projeto nas votações de emendas, ou seja, onde se pode alterar alguns artigos como a de hoje”.

Hissa escolheu o lado da qualidade da educação e da saúde e não o lado dos números de forma linear. “Diante do fato da base governista não retirar um dos quesitos que pretende limitar os gastos nas áreas da saúde e educação, decidi pelo voto contrário. A proposta é interessante, mas em razão do crescimento vegetativo brasileiro, não se pode limitar gastos com a saúde e educação. Esse é o ponto que negativo da PEC. E as crianças que nascem? E o aumento do desemprego? As pessoas que têm filhos em escolas particulares e optam por transferir para escola pública, o governo não vai poder investir mais em escola pública por conta da PEC que limita os investimentos?”, questionou.

Hissa ressaltou que o governo federal não pode pensar apenas no lucro ou no superávit. “É uma questão social. Não é apenas o lucro do governo e sim os benefícios da qualidade de vida, da satisfação da população. Diante desse fato, analisando minuciosamente, homologando que nunca fui uma oposição seletiva e/ou radical e agindo como uma oposição construtiva, que sempre vê o lado bom das iniciativas do governo, sou categoricamente contra”, destacou.
Para o deputado amazonense, o governo federal tem mecanismos para frear os gastos dispendiosos e gastar melhor o que arrecada. “A própria Lei de Responsabilidade Fiscal já é um recurso que o governo adota. Falta rigidez e um maior controle desses gastos por parte do governo. A população atual e nem as gerações futuras podem se permitir ficar engessada e pagar o preço do descontrole fiscal”, finalizou.

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