Finalmente o blog não está mais só nas denúncias contra os empresários de ônibus

MANAUS-AM 03/02/2011 - CIDADES - ÔNIBUS LOTADO NA ALAMEDA COSME FERREIRA, COROADO. FOTO:MICHAEL DANTAS/ACRÍTICA

Quem acompanha o blog sabe da postura que sempre defendemos em relação ao sistema de transporte coletivo de Manaus. Sempre dissemos que os maiores responsáveis pelos problemas que ocorrem na cidade são os empresários de ônibus e o famigerado Sinetran – o que há de mais selvagem no capitalismo amazonense. Hoje, para nossa surpresa, o Portal do Holanda, que sempre jogou a culpa nos rodoviários, curvou-se à realidade e atacou os verdadeiros algozes da população.

Veja o editorial publicado na coluna Bastidores da Política, na íntegra:

“O que os empresários de transporte coletivo estão fazendo com a cidade de Manaus é, senão um caso de polícia, de intervenção urgente do poder público nas empresas. Primeiro, para restabelecer um serviço essencial, afetado a cada semana por paradas seletivas de trabalhadores. Segundo, para garantir direitos trabalhistas de motoristas e cobradores, usados como massa de manobra pelos empresários com a conivência de um sindicato cuja representatividade começa a ser  contestada.
 
Fora a suspeita de conluio, existe uma clara intenção das empresas e do Sindicato dos Motoristas de  provocar o caos e constranger as autoridades.
 
A  questão do subsídio do  governo do Estado e Município  as empresas de transporte coletivo de  Manaus, colocada no centro do problema, na verdade representa muito pouco. Apenas    15 centavos do valor real da passagem.  Para o usuário não pagar R$ 3,15, o subsídio de R$ 2,3 milhões foi  instituído. As empresas tem ainda isenção do ICMS na compra do diesel.
 
Mesmo considerando os atrasos no repasse  do subsídio, na maioria dos casos porque as empresas não  conseguem apresentar as certidões de recolhimento de FGTS e outras garantias  trabalhistas de seus funcionários,  os empresários estão ganhando mais, lucrando mais.

Ao  reduzirem a frota na rua e  demitirem centenas de trabalhadores nos últimos dois anos, passaram a contar com o aumento da demanda de usuários. Menos ônibus, menos trabalhadores, mas com mais passageiros e o lucro crescendo.,
 
Condicionar o pagamento de salários a motoristas e cobradores ao repasse do subsídio, é uma afronta as leis trabalhistas. E um tapa na cara de uma cidade que pede respeito.”

Concordamos em gênero, número e grau.

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