Febre do ouro

Vil metal, denominado assim por ser erroneamente atrelado a algo ruim ou que causa males, o ouro nada mais é do que um metal precioso que desde priscas eras foi adotado como moeda mais valiosa ligado ao poder e à riqueza.

A Bíblia é pródiga em falar do ouro e da prata como metais símbolos de ostentação, de supremacia e até de reconhecimento de divindade.

Portanto, desde que o mundo é mundo, o ouro é objeto de cobiça, mortandade e busca incessante por mais poder seja territorial, político ou material.

O ouro é quem sustenta, enquanto metal valioso no mercado, a economia de muitos países seja como lastro das moedas seja como exploração mineral que aufere lucros enormes.

É isso nunca vai mudar!

A famosa corrida do ouro iniciada nos Estados Unidos no século XIX e entre os séculos XVII e XVIII no Brasil, são momentos marcantes do que se pode denominar de febre do ouro em que a exploração desenfreada do metal rendeu muitas perdas humanas porém, trouxe prosperidade e fez nascer regiões até hoje ricas e desenvolvidas.

Nenhuma nação conseguiu avançar e progredir sem explorar suas riquezas e com isso promover o crescimento econômico e social ainda que com o sofrimento de muitos incluindo os próprios exploradores. 

Isso é fato!

A recente espetacularização que a mídia mais assanhada deu à situação de penúria de uma nação indígena na fronteira do Brasil com a Venezuela, faz parte de uma onda de insensatez e exploração política por parte do presidente da república em buscar os holofotes internacionais para ofuscar um inicio de governo desastroso.

Nada mais natural para o atual presidente do país do que mendigar espaços na imprensa internacional por meio de um fato que se constitui em algo natural e aconteceu ou vai acontecer sempre que o ouro estiver presente na disputa.

A famigerada “proteção” que nações e ONG estrangeiras querem dar a um punhado de indígenas “donos” de milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, nada mais é do que a ingerência dessa gente em assuntos internos nacionais.

Seus interesses são outros. A tão decantada “proteção” é apenas fachada para mais tarde adquirir terras brasileiras fartas em metais preciosos, para explorar e desviar do país nossas riquezas e produzir lucros lá fora.

Só não vê quem não quer!

Nosso país já foi objeto da exploração da sua gente e da expropriação das nossas riquezas por muitos e muitos outros povos.

Milhões de toneladas do ouro brasileiro foram roubados na cara dura pelo explorador europeu e até hoje servem de ostentação em palácios, igrejas e sustentam os cofres dos bancos centrais como lastro.

Só quem não aproveitou até hoje as riquezas do nosso subsolo foi o próprio povo brasileiro que ficou chupando o dedo sob pressão vergonhosa de governos externos que continuam a meter o bedelho em assuntos exclusivamente internos nossos.

Enquanto os garimpeiros brasileiros são escorraçados pelas forças de segurança, enquanto os índios pseudos donos das terras são alijados do aproveitamento das riquezas, enquanto as empresas brasileiras são impedidas de viabilizar economicamente as minas de ouro, o explorador estrangeiro vai descobrindo os filões e vai comprando terras e extraindo do nosso solo as riquezas que mais tarde serão divididas com outros países e enriquecendo o estrangeiro à custa do empobrecimento da nossa gente.

Perguntem aos índios o que eles querem?

Se querem continuar pobres e famintos ou senhores do seu futuro aliando-se aos garimpeiros e às mineradoras nacionais e com isso promovendo o seu próprio desenvolvimento e independência econômica?

Claro que um governo de esquerda que pensa em manter índios, reservas e riquezas em uma redoma jamais vai permitir que os índios sejam donos dos seus próprios negócios e do seu futuro.

O PT e Lula acham que estamos ainda no início do ano de 1.500 que nosso país foi descoberto pelo explorador europeu.

Essa gente pensa ainda como há cinco séculos e se deixam dominar pelo pensamento europeu que dizimou seus povos originários e suas florestas e suas riquezas minerais que se voltam agora para as antigas colônias como se dono delas fossem ainda.

Enquanto isso, a fome, as doenças, a miséria e o isolamento serão as companheiras constantes dos povos indígenas enganados e explorados por políticos e governos ensimesmados apenas com seus próprios interesses.

Se não se permitir que a febre do ouro ajude a promover o desenvolvimento de algumas regiões e da sua gente, outro tipo de febre dizimará esse povo.

E contra a burrice e a insensatez não na remédio que cure.

Té logo!