Estes três são os piratas que roubaram e mataram na orla de Manaus

A Polícia Civil do Amazonas, representada pelo delegado Adriano Felix, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), falou na tarde desta quarta-feira (28/02), às 14h30, durante coletiva de imprensa realizada no prédio da unidade policial, sobre o cumprimento de mandados de prisão preventiva por latrocínio em nome de Antônio José Monteiro, 45, conhecido como “Louro”; Maicon Ribeiro de Oliveira, 25, o “Pato”, e Sharlim Silva Charles, 18, chamado de “Gatinho”, envolvidos em caso de latrocínio com três vítimas, no dia 16 de fevereiro deste ano.

        De acordo com a autoridade policial, os mandados de prisão preventiva por latrocínio em nome dos infratores foram expedidos no dia 27 de fevereiro deste ano, pela juíza Rosália Guimarães Sarmento, no Plantão Criminal. Conforme Felix, os infratores foram presos em flutuantes distintos, localizados na Marina do Davi, bairro Ponta Negra, zona oeste da cidade.

        Felix explicou que as mortes aconteceram na noite do dia 16 de fevereiro deste ano, no Rio Negro, nas proximidades da Praia da Lua e Comunidade Nossa Senhora de Fátima, zona rural de Manaus, e teve como vítimas Cristiano Cezar de Souza, Raimundo Marcelo Alves Moura e Jardel da Silva Ribeiro. As vítimas tinham, respectivamente, 38, 37, e 22 anos. Alexandre Eduardo de Sales, 38, sobreviveu à ação criminosa.

      “No dia do crime, Maicon e Sharlim, que estavam em uma embarcação fornecida por Antônio, interceptaram a lancha em que Cristiano, Raimundo e Jardel estavam, com a intenção de roubar o motor de popa de 15 HP da lancha. A dupla, fazendo uso de uma arma de fogo, ordenou que as vítimas pulassem no rio. Antônio José também forneceu a arma de fogo para os dois comparsas cometerem o crime”, informou o delegado.

          Pânico – O titular da Derfd explicou que Cristiano, Raimundo e Jardel morreram afogados. Durante a coletiva de imprensa, o único sobrevivente da ação criminosa relatou os momentos de pânico vividos. Ele informou, ainda, que ele e as vítimas estavam fazendo um trabalho voluntário para a igreja que frequentavam, em comunidades no interior do Estado, quando foram abordados pelos infratores.

 “A abordagem foi bastante violenta. Um deles, inclusive, chegou a agredir o Cristiano. Fui o primeiro a pular, mas logo ouvi Cristiano pedindo ajuda, dizendo que não sabia nadar. Eu ainda tentei ajudá-lo, porém, percebi que estávamos muito longe da margem. Minhas roupas estavam ficando cada vez mais pesadas e, nesse momento, ele disse para eu me salvar”, relatou Alexandre, visivelmente emocionado.

Motor roubado – Conforme o delegado titular da Derfd, os infratores subtraíram o motor da embarcação onde as vítimas estavam e o venderam por R$ 700. Eles ainda tentaram afundar a lancha ocupada pelas vítimas, mas não conseguiram e a abandonaram no rio.

“Eu quero agradecer primeiramente a Deus e depois aos servidores da Polícia Civil, pela competência e comprometimento com o caso. Foi um trabalho árduo, que exigiu muito esforço e dedicação, pois como não tinha imagens, estava escuro e não pude descrever esses homens, mas a equipe da Derfd e o delegado Adriano Felix foram incansáveis, extremamente competentes e dedicados”, argumentou Alexandre.

Confessos – O titular da Derfd ressaltou que, em depoimento na unidade policial, o trio confessou o delito. Após cometer o crime, Maicon e Sharlim abandonaram a lancha da vítimas no Rio Negro e levaram o motor de popa. O objeto foi vendido por R$ 700 para um indivíduo, ainda não identificado, no bairro São Raimundo, zona oeste da cidade.Durante as diligências os policiais civis da Derfd apreenderam a arma utilizada no crime, uma espingarda calibre 38.  

Os três infratores confessaram, ainda, a autoria de, pelo menos, dez roubos naquela área da zona rural, com as mesmas características. Eles abordavam as vítimas, faziam com que elas pulassem no rio, levavam a lancha e posteriormente abandonavam a embarcação na margem do rio e ficavam com o motor para vendê-lo.

Durante consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), foi constatado que Sharlim já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Indiciamento – Antônio José, Maicon e Sharlim foram indiciados por latrocínio, latrocínio tentado e associação criminosa. Ao término dos procedimentos cabíveis na especializada, o trio será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde ficará à disposição da Justiça. 

FOTO: LANA HONORATO

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