Entidades querem rigor na fiscalização do transporte das urnas, após incidente

Depois da circulação de um vídeo em que moradores da rua XV de Dezembro, na Compensa III, zona Oesre de Manaus, mostravam urnas que caíram do caminhão de uma transportadora, na véspera do primeiro turno da eleição (clique aqui e veja), entidades da sociedade civil passaram a cobrar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) maior rigor na fiscalização deste transporte.

A empresa responsável pelo serviço é a Navegação Cidade Ltda., que tem entre os sócios o empresário Roberto Maia Cidade Filho, que disputou e venceu a eleição para deputado estadual pelo PV, sendo o terceiro mais votado. O valor do contrato é de R$ 3 milhões.

O TRE-AM informou na época que a porta do caminhão-baú que transportava as urnas se abriu acidentalmente. Moradores da Compensa recolheram os equipamentos e entraram em contato com a Justiça Eleitoral e com a Polícia Federal, mas o próprio motorista teria percebido o incidente e refeito o percurso, encontrando o equipamento.

O TRE-AM garante que não houve prejuízo ao resultado do pleito. É que as urnas só saem da sessão depois da totalização e envio de dados para o sistema de apuração. Por isso a empresa não sofreu nenhuma penalidade por causa do incidente.

A posição de Cidade na classificação final dos eleitos não seria alterada pela alteração dos dados das quatro urnas que caíram do caminhão, correspondentes a quatro sessões eleitorais. Ainda assim, as entidades consideram que a empresa não poderia ter sido contratada, por causa da presença dele na sociedade, como interessado direto no resultado da eleição. E pedem uma manifestação oficial do TRE-AM a este respeito.

A Navegação Cidade Ltda. venceu concorrência para executar o serviço.

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