Enchentes diminuem em Manaus após trabalho de prevenção em igarapés

Ações preventivas iniciadas no ano passado pela Prefeitura de Manaus em igarapés da cidade – onde mais de 100 quilômetros de leito de rio já foram dragados – têm evitado que determinadas áreas da capital sejam atingidas com novos alagamentos.  No período de chuvas em 2017, de dezembro a maio, foram registradas 320 ocorrências de alagamentos. Já em 2018, nos primeiros 45 dias de inverno amazônico, apenas 13 ocorrências foram registradas pela Defesa Civil do Município, pela central telefônica 199. 

O número reduzido é resultado de um conjunto de ações traçadas para dotar todas as zonas da cidade de melhor infraestrutura, evitando prejuízos no período chuvoso. Além da dragagem, as ações incluem, ainda, drenagens profundas com implantações de tubulações e rip-rap para melhorar o escoamento da água das chuvas.

As obras estão sendo executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). O vice-prefeito e secretário da pasta, Marcos Rotta, ressaltou que os dados positivos são resultados de um planejamento preparado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, desde a sua primeira gestão.

“Estamos cumprindo com muito êxito a determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto. Sabemos que o período de fortes chuvas requer uma atenção redobrada. O fenômeno natural é inevitável, mas preparamos ações preventivas para que maiores prejuízos fossem evitados. Será um trabalho continuo. Quanto menos ocorrências, mais satisfeitos ficaremos e a população também”, afirmou Rotta.

Um dos locais bastante prejudicado com alagações era o igarapé da Carpina, no bairro Redenção, zona Centro-Oeste, que recebe serviços e já mostra resultados positivos. O comerciário Pedro Rangel é um dos moradores da área que tem observado as mudanças feitas pela Prefeitura de Manaus. “Estou satisfeito com os serviços. Nas últimas chuvas, o igarapé não transbordou, o que para nós foi uma felicidade, já que sofríamos com as constantes alagações. Estou muito contente”, disse.

O vice-presidente da Comunidade da Betânia, Elcimar Maquiné, 44 anos, disse que a realidade agora é outra “Depois que a prefeitura iniciou as obras, já está 100%. Agora, quando chove, não temos mais alagações no bairro. A comunidade agradece, porque agora temos nosso campo de futebol e Unidade Básica de Saúde em um local seguro, sem risco mais de desabamento”, comemorou.

Já o promotor de eventos e morador da Betânia, Walter Nunes Gomes, 49 anos, destacou que o perigo de desmoronamento com os temporais, não existe mais. “Quando chovia, alagava e parecia que tudo ia desmoronar. Se não fosse esse trabalho de prevenção da prefeitura, os moradores não estariam tranquilos”, ressaltou.

Desassoreamento

Também foram intensificadas as ações de desassoreamento de igarapés nas áreas que sofreram maiores prejuízos nos anos anteriores, como os igarapés do Rio Piorini, na avenida José Henrique Rodrigues; Parque Dez, na rua 05, conjunto Primavera; Flores, na rua 01, comunidade Santa Cruz; Jorge Teixeira, na avenida Itaúba; Adrianópolis, na avenida Efigênio Sales; Novo Israel, no igarapé do Passarinho; Compensa, na avenida Brasil; Cidade de Deus, na comunidade Raio de Sol; Santa Etelvina, na rua Matupiris; Cidade Nova, no igarapé do Netão; Terra Nova 3, no igarapé do  Passarinho; Braga Mendes, na rua Sucuri; Zumbi, na rua São João; Alfredo Nascimento, na comunidade Fazendinha, Redenção, no igarapé da Carpina, entre outras. 

Força-tarefa

Ainda no ano de 2017, para otimizar as ações municipais durante o período chuvoso, o prefeito Arthur Neto determinou a formação de um Grupo de Pronta Resposta (GPR) para atuar principalmente no suporte aos moradores de áreas de risco.

O grupo é coordenado pelo Gabinete Militar, estrutura da qual a Defesa Civil Municipal é integrante, e tem ainda a participação das secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), de Infraestrutura (Seminf) e de Limpeza Urbana (Semulsp).

O GPR trabalha na busca da pronta resposta aos danos causados pelas chuvas, baseado em informações prévias monitoradas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Rede de Meteorologia da Aeronáutica (Redemet), o que possibilita detectar a chegada de tempestades com até três horas de antecedência.

​​Os trabalhos preventivos continuam sendo realizados nos bairros Aleixo, Parque Dez de Novembro, Redenção, Tarumã, Santa Etelvina, Betânia, Cachoeirinha, Flores, São Geraldo, Zumbi e colônia Antônio Aleixo.

Ocorrências de alagação no período chuvoso, registradas pela Defesa Civil – 199:

Período – 31/12/2015 a 31/05/2016 – 76 ocorrências de alagação, sendo 35 na zona Norte, 22 na zona Leste, 1 na zona Centro Oeste, 5 na zona Centro-Sul, 10 na zona Oeste e 3 na zona Sul. 

Período – 31/12/2016 a 31/05/2017 – 315 ocorrências de alagação, sendo 78 na zona Norte, 8 na zona Centro-Oeste, 8 na zona Centro-Sul, 32 na zona Oeste, 101 na zona Sul e 85 na zona Leste. 

Período – 31/12/2017 a 02/2018 – 13 ocorrências de alagação, sendo 3 na Zona Centro Sul, 3 na zona Oeste, 2 na zona Leste e 5 na zona Norte.

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