Em torneio de pesca, competidores retiram mais de duas toneladas de lixo de rios que cercam Manaus

Em torno de 2,3 toneladas de resíduos foram retirados das águas do Rio Negro pelos mais de 200 competidores do 3º Torneio de Pesca Amigos do Tarumã, no último sábado, 24. O evento, que iniciou cedo da manhã e terminou quando iniciava a noite, aliou o esporte à preservação ambiental e superou as metas das edições anteriores em relação à retirada de lixo e da pesca do maior tucunaré já fisgado na competição. O evento se consolida como um atrativo turístico na alta temporada da pesca na região. 

Com uma estrutura montada na Praia da Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus, os pescadores partiram logo cedo rumo aos afluentes do Rio Negro em busca do maior tucunaré, mas sem deixar de lado o compromisso com o meio ambiente. Os competidores reservaram um espaço em suas embarcações para os mais diversos tipos de resíduos, como garrafas pets e utensílios domésticos que causam poluição e degradam o hábitat natural dos seres vivos. Entre uma sacola e outra, a pesagem contabilizou a marca superior às duas últimas edições que, no total, somaram 1,2 tonelada.

Com as expectativas superadas, o coordenador do Torneio, Rogério Bessa, ressalta que vai atuar para inserir o evento no calendário anual do esporte amazonense. “O êxito do terceiro torneio aconteceu graças ao apoio de pessoas que acreditam nesse segmento do esporte em nosso Estado. A cada edição vemos o crescimento e por isso vamos trabalhar para que ele faça parte dos eventos anuais do Estado para difundir o seu maior propósito, que é a preservação dos nossos rios”.

Maior peixe – Neste ano, o pescador amazonense Evaristo Tavares, 28, foi quem pegou o maior peixe da competição: um Tucunaré com 73,5 cm de comprimento, o maior da competição de 2015 que foi 70,5 cm. Sorte ou não, essa foi a primeira vez do competidor no torneio que o presenteou com prêmios e troféus pelo empenho na pescaria. “Foi uma experiência incrível na minha vida porque tive esse privilégio de participar pela primeira vez nesse torneio ao lado de pessoas mais experientes e conhecedoras da pesca na Amazônia”.

Medição – O feito do maior peixe não foi mais uma história de pescador. Assim como o peixe de Evaristo, as demais espécies fisgadas foram medidas por meio da régua padrão de aferição homologada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM), com regulamentos técnicos conforme padrões estabelecidos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A homologação desse padrão de medição permite que competidores ou pescadores de outros lugares possam vir ao Amazonas validar o tamanho de seus peixes pelo comprimento em centímetros, e ser reconhecido internacionalmente.

Transfish – Uma das novidades desta edição foi o equipamento chamado ‘Transfish’ desenvolvido pela Secretaria Estadual de Produção Rural (Sepror) e Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa), para a utilização do transporte dos peixes em longas distâncias de maneira ágil e segura. A caixa era composto por carga de oxigênio medicinal, adicionado com cloreto de sódio na água para baixar a osmorregulação. Após a aferição os peixes foram acondicionados no transfish e levados para seu habitat natural sem trazer risco às espécies.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta