Em reunião com MP-AM, ministro da Educação confirma intenção de federalizar a Fucapi

O ministro da Educação, Rossieli Soares, confirmou ontem, em reunião com o procurador-geral de Justiça, Carlos Fábio Braga Monteiro, com a participação da titular da 47ª Promotoria de Justiça de Fundações e Massas Falidas, Kátia Oliveira, a intenção do Governo Federal de garantir que a Fucapi dê continuidade às atividades educacionais e de pesquisa no Amazonas. A ideia seria federalizar a Fundação, que acumulou dívidas e esteve envolvida em um processo de terceirização mal sucedido.

“Entraremos agora de cabeça para encontrar a solução, que é o mais importante. A reunião de hoje foi uma reunião de começo das discussões, como uma oferta oficial da nossa participação, em conjunto ao Instituto Federal de Educação do Amazonas, na busca pela solução. Agora, precisamos ver o arranjo jurídico, como ficam os passivos, todas as situações que envolvem a Fucapi, que não são simples. Talvez possamos atuar como uma Organização Social Federal ligada por um contrato de gestão que já fique, por exemplo, assinado para 10 anos, trazendo uma continuidade e estabilidade, algo necessário para um projeto educacional, pois você não pode ter um projeto como esse sem a estabilidade miníma para o desenvolvimento das atividades”, defendeu Soares.

De acordo com Monteiro, o Ministério Público do Estado tem preocupação com os estudantes, professores e trabalhadores da Fundação, além de toda a estrutura de tecnologia e laboratórios que são patrimônios da instituição. “Com essa reunião ficou muito claro que, no mais curto espaço de tempo, um grupo de trabalho composto pelo Ministério Público, Ministério da Educação, Suframa, Ifam e todos os envolvidos que têm interesse na questão, vai analisar uma alternativa concreta e imediata no sentido de fortalecer a Fucapi para que o sonho dos alunos e o interesse do Estado em aprofundar as pesquisas sejam mantidos”, afirmou o PGJ.

A força-tarefa formada pelas instituições interessadas na federalização da Fucapi devem se reunir novamente dentro de 15 dias após oficializada a formação do grupo de trabalho. Participaram ainda da reunião o secretário nacional de Educação Profissional e Tecnológica, Romero Portella Raposo Filho, o Reitor do Ifam, Antônio Venâncio, o Superintendente adjunto da Suframa, Gustavo Igrejas, e o deputado federal Pauderney Avelino (DEM), cujo partido comanda a pasta da Educação.

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Este post tem um comentário

  1. Jânio

    Como se pode uma empresa que faturava milhões e milhões de reais sendo totalmente isenta de impostos quebrar??? É um risco muito grande o governo federal tomar está decisão. Tem que avaliar e efetuar uma grande auditoria para identificar o que aconteceu?? Pois se era uma empresa de referência no estado do Amazonas é quebrou é porque não foi bem administrada e com isso deixa de ser referência. Vejam que além de prestar serviços de terceirização tinha uma escola e TUDO isento de pagar impostos. Foram milhões que deixaram de pagar só de impostos e ainda faliu??? Estranho… Tem que auditar tudo antes de tomar tal decisão. Pois o dinheiro do contribuinte não cai do céu pra jogar no ralo.

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