O senador Eduardo Braga (MDB/AM) chamou atenção, na noite da terça-feira (27/08), para a importância dos amazônidas e do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) em meio à discussão internacional que envolve a preservação da Amazônia.
“A Amazônia não é um santuário. Trata-se de uma área onde existe a relação da natureza com o ser humano. Lá existem cidadãos tão brasileiros quanto os que estão na Avenida Paulista ou na praia de Ipanema e que, via de regra, querem falar da Amazônia sem conhecê-la”, afirmou o parlamentar amazonense no plenário da Casa.
Esse contingente que vive e é o responsável direto pela preservação da floresta poderia ser beneficiado, segundo Eduardo, por um acordo a ser celebrado entre Brasil e Estados Unidos que estruturaria uma remuneração pelos serviços ambientais prestados pela Amazônia.
“Esse dinheiro não iria para o superávit do governo (quando as receitas superam as despesas). Mas seria usado para valorizar o homem e a mulher que cuidam desse patrimônio. Índios, ribeirinhos e caboclos – os verdadeiros guardiões da Amazônia, que, via de regra, são esquecidos”, afirmou.
Eduardo lembrou que, enquanto governou o Amazonas, instituiu projetos voltados especialmente para esses cidadãos. Entre eles, o pagamento por serviços ambientais aos moradores de comunidades rurais, e o Zona Franca Verde, programa de desenvolvimento sustentável criado para gerar emprego e renda aliado à conservação da natureza.
À frente do Estado, ele instituiu também a Lei de Mudanças Climáticas, a primeira do Brasil, 42 Unidades de Conservação que realizam trabalhos socioambientais em mais de 4 mil comunidades rurais e indígenas e 10 Acordos de Pesca que acabou com conflitos entre pescadores tradicionais e comerciais garantido o equilíbrio das espécies.
O debate sobre a Amazônia, salientou o senador, significa também valorizar mecanismos de desenvolvimento regional, como a ZFM. “Ela não é uma compensação ambiental e ponto. É um modelo de desenvolvimento regional”, pontuou.
Diante dos demais senadores, o parlamentar amazonense defendeu, ainda, o resgate do Pacto Federativo, o que garantiria, por exemplo, a recuperação da BR-319, além da interligação de Boa Vista, capital de Roraima, à Hidrelétrica de Tucuruí (PA). “Não podemos ser proibidos de ter perspectiva de vida”, disse.
Com informações da assessoria*
Foto: Divulgação
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