Donos de lava-jato são presos por furto de água em Santa Luzia

A Polícia Civil do Amazonas, por meio da equipe de investigação da Delegacia Especializada em Combate ao Furto de Energia, Água, Gás e Serviços de Telecomunicações (DECFS), sob o comando do delegado Thomaz Vasconcelos, titular da unidade policial, deflagrou, na manhã de quarta-feira (27/06), operação que identificou furto de água em dois lava a jatos localizados na avenida Presidente Kennedy, bairro Santa Luzia, zona sul da capital.

Durante os trabalhos, Rodrigo César Campelo Soares, 28, e Roger Batista de Souza, 36, proprietários dos estabelecimentos onde foram identificadas as irregularidades, foram presos em flagrante pela prática ilícita. De acordo com a autoridade policial, a ação foi realizada em parceria com técnicos da Manaus Ambiental e peritos do Instituto de Criminalística (IC).

“Iniciamos as investigações quando um representante da Manaus Ambiental nos relatou que dois imóveis, sendo o primeiro em nome de Frederico Dantas Alves e o segundo em nome de Leonardo Barreto Rocha, apresentavam ligação direta, sem o consentimento da concessionária. Dessa forma, protocolamos a requisição de perícia para agendarmos a operação policial”, explicou o delegado.

Inspeção – Conforme Vasconcelos, no primeiro endereço, as equipes foram recebidas por uma funcionária. Ela argumentou que o proprietário do imóvel não estava presente no lugar, no entanto, autorizou que as equipes iniciassem a inspeção no fornecimento de água no local. Ao longo dos trabalhos, foi verificado que o lugar funcionava como posto de lavagem e não possuía poço artesiano.

“De fato estavam utilizando o abastecimento da Manaus Ambiental para manter a atividade comercial do lugar. Em seguida, o proprietário do estabelecimento, Rodrigo, chegou e nos informou que usava o poço artesiano de um posto de lavagem ao lado. Durante a fiscalização, constatamos que havia uma ligação diretamente da rede de abastecimento da Manaus Ambiental, que abastecia, com água, todo o imóvel, além de uma caixa d’água de cinco mil litros”, disse o delegado.

O titular da DECFS relatou que ao longo das diligências foi identificado que Rodrigo exercia a atividade no local há cerca de um ano e seis meses, mas após alegar que tinha um problema no poço artesiano, o infrator autorreligou o abastecimento de água de forma irregular. Após a perícia, foi cortada diretamente da rede a ligação irregular do fornecimento de água do imóvel.

“No segundo estabelecimento também fomos recebidos por um funcionário. Ele nos informou que o proprietário, Roger, estava a caminho. No local, observamos que tinha um poço artesiano. Contudo, estava danificado, sem possibilidade de uso. Durante a inspeção, encontramos também uma ligação diretamente à rede de abastecimento da Manaus Ambiental”, informou Thomaz Vasconcelos.

Para concluir, o delegado disse que a ligação identificada era responsável pelo fornecimento de água para todo o imóvel e para a caixa d’água de cinco mil litros. O lugar não possuía hidrômetro e a ligação era factível, ou seja, quando o usuário é cadastrado no Sistema de Gestão de Serviços (GSAN), mas não solicita formalmente a ligação e a realiza por conta própria.

Fiança – Rodrigo e Roger foram conduzidos ao prédio da especializada, onde foram autuados em flagrante por furto de água. A autoridade policial arbitrou fiança no valor de R$ 2 mil para Rodrigo e de R$ 1 mil para Roger. Após o pagamento do valor estipulado, eles foram liberados para responder pelo crime em liberdade.

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