Empresários de vários setores estiveram esta semana na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a retirar de pauta o Projeto de Lei nº 26/2017, enviado pelo Governo do Estado, que propõe aumento de 2% da alíquota do ICMS sobre vários produtos, sob pretexto de reforçar as atividades do Fundo de Promoção Social.
A reação é forte e dura. “Parece que o governo é nosso inimigo. Estamos trabalhando e gerando emprego e o governador está querendo tirar com impostos. Ele tem que incentivar a economia, pois o governo não está gerando nada”, disse a presidente da Associação Brasileira de Restaurantes e Hotelaria do Amazonas (Abrasel-AM), Lilian Guedes. “Vocês estão gerando desemprego e pobreza. Vocês querem empurrar goela abaixo isso. Nós estamos produzindo e mais impostos não podem ser inseridos. Rejeitemos projeto”, reforça Ezra Azuri Benzion. “Não haverá aumento na arrecadação. Isso é um tiro no pé”, enfatiza o presidente do Sindicato dos Atacadistas e representante da Federação do Comércio, Henock Luniere.
A diretora de Gente e Empreendedorismo da Associação de Jovens Empresários, Ellen Lindoso, disse que “é super negativo esse aumento para o ano de 2017. No caso de empreendedores e empresários, esse acréscimo na alíquota em 2% vai impactar na arrecadação e novos postos de trabalho”.
Um documento será elaborado para expor os reais prejuízos da iniciativa do Governo. A ideia foi apresentada ao deputado Bosco Saraiva (PSDB) pelo diretor de Comunicação e Marketing a AJE Amazonas, Danilo Egle.
“Vamos preparar um documento com informações técnicas porque isso é de grande utilidade para o Estado e a sociedade. Teremos o apoio de alguns economistas e associados na elaboração, para que os deputados da Casa possam ter conhecimento dos reflexos da decisão que tomarão. Daí a gente vai dizer quem se comprometeu ou não com a perda de empregos e o aumento de imposto no nosso Estado”, relatou Egle.
Ao contrário do que normalmente ocorre com matérias de interesse do Governo, o projeto não tem previsão de ser votado. “Nem o relator do projeto foi definido ainda, para encaminhar a matéria nas Comissões Técnicas”, disse o líder de Melo na Assembleia, deputado Sabá Reis (PR), um dos que ouviu as queixas dos empresários.
Os representantes da AJE, presentes no encontro, relataram a importância do apoio dos deputados no sentido de impedir a aprovação do Projeto de Lei.
Nos bastidores, o pacote já é tratado como “projeto do mal”.
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