Depois de reclamar de desclassificação por xenofobia, agência amazonense reverte situação no governo gaúcho

A agência de publicidade Digital Comunicação, com sede no Amazonas, entrou com um recurso administrativo contra a Secretaria Estadual de Comunicação do Rio Grande do Sul questionando o resultado do edital lançado pelo governo daquele estado e pode procurar outras instâncias para questionar a sua classificação. No recurso enviado ao secretário de Estado de Comunicação, Antônio Junior, o representante da Digital Comunicação alegou que perdeu pontos no julgamento da subcomissão técnica do edital apenas por ser de fora do estado, num ato “discriminatório e preconceituoso” classificado como “xenofobia”. Hoje o recurso foi acatado e a empresa classificada.

O certame foi lançado com o objetivo de escolher cinco agências de propaganda para prestar serviços de publicidade para o estado. Entretanto, a única participante de fora do estado foi a Digital Comunicação que ficou em último lugar, atrás de todas as concorrentes gaúchas.

De acordo o julgamento da subcomissão, um dos jurados considerou que o fato da agência ser do Norte do país “já preocupa” por não estar no cenário gaúcho e na relação com moradores de Porto Alegre ou do interior do estado. O jurado afirmou, na ocasião, que “o gaúcho é barrista por natureza e tem costumes e jeitos muito peculiares”.

A ação da agência solicita que seu recurso seja aceito e o edital anulado por “vícios insanáveis decorrentes de ato discriminatório e preconceituoso por parte da subcomissão técnica.”

O fato está causando estranheza porque todos sabem que o Governador gaúcho, Eduardo Leite, apresenta-se para o Brasil como um “progressista”, inclusive, assumiu recentemente ser gay, o que é uma opção natural e inerente a decisão de cada um, agora a sua comissão julgadora utiliza-se de justificativas que, em tese, o seu governo deveria combater. O meio publicitário diz sempre que não há fronteiras para a publicidade, parece que essa máxima não chega ao Rio Grande.

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Este post tem um comentário

  1. Serafim Corrêa

    Então, por esse critério, o Martinelly não poderia trabalhar aqui. E trabalhou e trabalha. Nada contra ele, tudo a favor. Esse preconceito é herança do Tratado de Tordesilhas.

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