“Venho a público confirmar que nesta terça-feira (14) fui diagnosticado com o Covid-19 e seguindo as orientações médicas irei me manter recolhido em minha residência. Peço a todos que orem pelo nosso restabelecimento. Em breve tudo isso irá passar e estaremos juntos novamente em nome Jesus”. A declaração é do deputado federal Silas Câmara (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, que defendeu, no início da pandemia, que os templos religiosos permanecessem abertos, o que geraria aglomerações.

Foi Silas o principal articulador da inclusão das celebrações religiosas entre as atividades essenciais no decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O irmão dele, pastor Jônatas Câmara, presidente local da Assembleia de Deus, chegou a fazer duro discurso no início de março, condenando o isolamento social e pregando que os fiéis enfrentassem as recomendações e continuassem frequentando os cultos. Depois, voltou atrás e fechou as Igrejas para reuniões.

Até ontem à noite, Câmara trabalhava normalmente. Na foto acima, ele aparece em videoconferência com o ministro André Mendonça, da Advocacia Geral da União, ao lado do também deputado federal Cezinha de Madureira (Republicanos/RJ), onde disse que tratava “sobre os efeitos do reconhecimento da situação calamidade pública no Brasil e as restrições às atividades essenciais, bem como as medidas adotadas pelo Governo Federal para garantia do funcionamento do país”.

Muito provavelmente, o deputado carioca deverá fazer o teste para ver se contraiu a doença no contato com Câmara.